Por Emerson Pereira
Começou a circular em Salvador nesta semana um novo modelo de ônibus 100% elétrico que promete transformar a experiência dos passageiros e contribuir para a redução da emissão de poluentes na cidade. O veículo, cedido pela fabricante chinesa Ankai, ficará em fase de testes pelos próximos 30 dias.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), o Consórcio OT Trans e a fabricante, com o objetivo de avaliar a viabilidade de operação de ônibus elétricos no sistema de transporte urbano da capital baiana. As linhas escolhidas para o teste foram a 0137 Lapa x Barra (LB2) e a 1347 Estação Pirajá x Pituba, percursos estratégicos para mensurar o desempenho do veículo em diferentes condições de tráfego.
O ônibus chama atenção não só por ser 100% movido a eletricidade, mas também por reunir uma série de tecnologias voltadas para o conforto, segurança e acessibilidade dos passageiros. O modelo é do tipo low entry, com piso baixo nas portas dianteira e central, facilitando o embarque. A acessibilidade também é garantida por uma rampa de acesso, dispensando o uso de elevadores.
Entre os diferenciais técnicos do veículo estão o sistema de ar-condicionado elétrico, mais eficiente e silencioso; entradas USB em todas as poltronas; conectividade via Wi-Fi; assentos anatômicos e um sistema moderno de abertura eletro-pneumática das portas, que proporciona mais agilidade e segurança no embarque e desembarque.
O ônibus também conta com um sistema completo de câmeras de monitoramento interno, além de um aviso de parada com sinalização sonora e visual, aumentando a inclusão de pessoas com deficiência. A suspensão pneumática com sistema de ajoelhamento — que rebaixa o veículo ao encostar na calçada — amplia ainda mais a acessibilidade. Outro destaque é sua autonomia, que pode chegar a 350 km com uma única carga.
A capacidade de transporte também é superior aos modelos convencionais, com maior espaço interno e estrutura otimizada para acomodar mais passageiros com conforto.
Os testes devem permitir a avaliação da autonomia e desempenho do veículo em rotas da cidade, mas também sua capacidade de transporte, adaptação à operação no sistema Integra e a aceitação dos usuários. Os dados coletados serão fundamentais para decisões futuras sobre a renovação da frota com veículos mais sustentáveis.