Reunião decisiva sobre a greve dos rodoviários acontece hoje às 11h; Prefeitura faz plano de contingência

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A última tentativa de evitar a greve dos rodoviários de Salvador acontece logo mais, às 11h desta quarta-feira (28), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Nazaré. Representantes dos trabalhadores e das empresas de transporte se reúnem para tentar um acordo e impedir a paralisação que ameaça impactar milhares de usuários do transporte público.

Enquanto aguarda o desfecho das negociações, a Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Mobilidade (Semob), finaliza um plano de contingência para minimizar os efeitos da possível greve. O prefeito Bruno Reis, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (27), afirmou que a gestão está preparada para agir em caso de paralisação, embora reforce a expectativa de que as partes cheguem a um entendimento.

“Vamos procurar oferecer alternativas, seja com o sistema complementar, seja tentando negociar para que parte da frota possa continuar funcionando. O que eu espero é que haja um entendimento. Não é um reajuste que depende do prefeito”, declarou Bruno Reis.

O plano emergencial inclui a ampliação do sistema complementar, o reforço do metrô e a negociação para manter o funcionamento do BRT e de outras modalidades alternativas de transporte. No entanto, o prefeito foi enfático ao alertar que o plano pode não ser suficiente para suprir toda a demanda da cidade. “Em caso de greve, nós vamos ter um plano de contingência, mas eventualmente ele não atende toda a cidade”, admitiu.

O prefeito também revelou que já dialogou com empresários do setor, apelando pelo bom senso nas negociações. “Fiz um apelo para que eles cheguem a um entendimento. Amanhã tem a última audiência de conciliação, os empresários já entraram com o dissídio, e eu espero que amanhã eles possam se entender”, afirmou.

Caso não haja acordo, e a paralisação se confirme, a população deve se preparar para enfrentar dificuldades no transporte. Segundo especialistas, não há obrigação legal para que as empresas custeiem alternativas como Uber ou transporte particular aos funcionários. A recomendação, nesses casos, é que empregadores e empregados negociem soluções, como flexibilização de horários, teletrabalho ou transporte fretado.

A legislação também determina que, mesmo em caso de greve, um percentual mínimo da frota de ônibus deve continuar operando, para garantir o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Em entrevista ao SóMob, Fábio Primo, diretor do Sindicato dos Rodoviários, informou que vai aguardar decisão judicial sobre qual percentual da frota será mantido, pondo o jurídico à disposição para discussão a respeito.

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