O trânsito brasileiro continua enfrentando sérios desafios em relação à segurança e ao respeito às normas de circulação. Dados recentes divulgados pelos Detrans estaduais apontam que, entre janeiro e maio de 2025, o estado de São Paulo liderou o ranking nacional de infrações, com mais de 25 milhões de multas registradas. A marca impressionante reforça a necessidade urgente de medidas educativas e fiscalizatórias mais eficazes.

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Além de São Paulo, estados como Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Bahia também figuram entre os que apresentam altos índices de infrações, consolidando o problema como uma preocupação de alcance nacional. A predominância de infrações gravíssimas — aquelas que acarretam sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e podem levar à suspensão do direito de dirigir — é um dos aspectos mais alarmantes do levantamento.
As sete infrações mais recorrentes em 2025
Segundo os dados compilados, as infrações mais cometidas pelos motoristas brasileiros são:
- Excesso de velocidade – varia de média a gravíssima, dependendo do percentual excedido em relação ao limite da via.
- Avanço de sinal vermelho – considerada gravíssima, com multa de R$ 293,47.
- Uso do celular ao volante – também gravíssima, equiparada em risco à condução sob efeito de álcool.
- Estacionar em local proibido – infração média ou grave, dependendo da sinalização.
- Falta de uso do cinto de segurança – infração grave, especialmente quando envolve passageiros no banco traseiro.
- Transitar em faixas exclusivas – gravíssima, com impacto direto na mobilidade urbana.
- Conduzir veículo com licenciamento vencido – gravíssima, com possibilidade de remoção do veículo.
Cultura de desrespeito e necessidade de mudança
A recorrência dessas infrações revela uma cultura de desrespeito às normas de trânsito que compromete a segurança de todos os usuários das vias. Especialistas apontam que, embora a legislação brasileira seja rigorosa, a falta de fiscalização efetiva e de campanhas educativas contínuas contribui para a persistência do problema.
Entidades como o Observatório Nacional de Segurança Viária defendem que a solução passa por uma combinação de ações: reforço na fiscalização, modernização dos sistemas de monitoramento, e principalmente, investimento em educação para o trânsito desde as escolas.
Impacto social e econômico
Além dos riscos à vida, as infrações geram impactos econômicos significativos. O alto volume de multas sobrecarrega os sistemas administrativos dos Detrans e afeta diretamente o bolso dos condutores. Em muitos casos, motoristas acumulam pontuações que os impedem de renovar a CNH ou até mesmo de continuar exercendo atividades profissionais ligadas à condução.
O que esperar do futuro
Com o avanço da tecnologia embarcada nos veículos e a integração de sistemas de monitoramento urbano, espera-se que a fiscalização se torne mais eficiente. No entanto, sem uma mudança cultural profunda, os números tendem a se manter elevados.
Com informações do Garagem 360.