Câmbio de dupla embreagem: desempenho superior ou apenas mais uma opção?

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A transmissão de dupla embreagem vem ganhando espaço no mercado automotivo brasileiro, especialmente entre modelos que buscam unir eficiência e esportividade. Mas será que ela realmente supera o câmbio automático tradicional? A resposta depende do que o motorista valoriza: agilidade, conforto ou economia.

Foto: iStock.

O câmbio de dupla embreagem funciona com dois eixos primários — um para marchas pares e outro para ímpares — cada um com sua própria embreagem. Isso permite que a próxima marcha esteja sempre pré-selecionada, resultando em trocas quase instantâneas e sem interrupção na aceleração. Essa característica é especialmente valorizada em carros esportivos e híbridos, como os da Renault, Stellantis, Audi e Porsche.

Existem dois tipos principais:

  • Seco: mais leve e compacto, mas menos resistente ao calor e torque elevado. Foi usado no Ford Powershift e no Golf 1.4 TSI.
  • Imerso em óleo: mais robusto, silencioso e durável, presente em modelos como Porsche 911 e Hyundai Tucson.

Em comparação com o câmbio automático tradicional — que utiliza um conversor de torque e engrenagens planetárias — a dupla embreagem oferece trocas mais rápidas e menor perda de potência. No entanto, o automático é mais suave e confiável, com manutenção geralmente mais simples e barata.

A manutenção do câmbio de dupla embreagem pode ser complexa e cara, exigindo mão de obra especializada e ferramentas específicas. Problemas como desgaste prematuro, trepidação e falhas nos atuadores são mais comuns em sistemas secos, como o antigo Powershift da Ford.

No Brasil, a tecnologia está presente em uma ampla gama de veículos, desde modelos premium como BMW, Mercedes-Benz e Ferrari, até SUVs como Kia Sportage e Renault Kadjar. A tendência é de crescimento, especialmente com a integração a sistemas híbridos e elétricos.

Em resumo, o câmbio de dupla embreagem supera o automático em desempenho e eficiência, mas exige mais cuidados e pode pesar no bolso. Para quem busca agilidade e resposta rápida, é uma excelente escolha. Já para quem prioriza conforto e confiabilidade, o automático tradicional ainda tem seu lugar garantido.

Com informações do News Motor.

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