Calor intenso desafia a autonomia dos carros elétricos em congestionamentos, aponta pesquisa

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Com o crescimento da frota de veículos elétricos ao redor do mundo, novas questões vêm à tona — e o clima quente é uma delas. Um estudo recente conduzido pela Associação Automobilística Alemã (ADAC) revelou que as altas temperaturas, combinadas ao uso contínuo do ar-condicionado, podem impactar significativamente a autonomia dos modelos elétricos, especialmente em situações de trânsito intenso.

Foto: Divulgação.

Simulação de engarrafamento sob calor extremo

O experimento utilizou um Tesla Model Y estacionado por oito horas sob uma temperatura externa de 35 °C, com o ar-condicionado mantido a 20 °C. A simulação reproduziu um cenário comum nas cidades: congestionamento prolongado em meio ao calor.

Os resultados mostraram que o sistema de climatização consumiu entre 1,3 e 1,5 kWh por hora. Isso representou uma redução de até 8 km de autonomia por hora de uso e cerca de 2% da carga total da bateria a cada hora.

Impacto é real, mas controlável

Mesmo sob essas condições adversas, o Tesla manteve cerca de 85% da carga após o período de teste, evidenciando certa robustez do sistema elétrico. Ainda assim, especialistas alertam que o consumo pode se tornar um fator crítico em trajetos longos ou situações inesperadas de retenção no trânsito.

Elétricos versus combustão: quem sofre mais com o calor?

Enquanto veículos a combustão também enfrentam perdas — com consumo de combustível podendo subir até 20% devido ao ar-condicionado — esses efeitos costumam passar despercebidos, já que não aparecem diretamente em um indicador de autonomia, como nos carros elétricos. Por outro lado, os elétricos não exigem o acionamento do motor para manter o conforto térmico, o que pode ser uma vantagem relevante em paradas longas.

Dicas para reduzir o impacto térmico

Algumas estratégias para preservar a autonomia mesmo sob altas temperaturas incluem:

  • Pré-condicionamento: climatizar o interior do veículo antes da partida
  • Estacionar na sombra: evita o superaquecimento da cabine e da bateria
  • Películas solares: reduzem o calor transmitido pelos vidros
  • Uso moderado do ar-condicionado: evita picos de consumo energético

Tecnologia como aliada

O mercado já investe em soluções mais eficientes: sistemas de bomba de calor, como os encontrados no BMW iX e no Mercedes EQS, conseguem reduzir o consumo energético do ar-condicionado em até 40%. Além disso, baterias mais densas, com capacidade superior a 100 kWh, prometem minimizar ainda mais os efeitos do uso do ar-condicionado no alcance total do veículo.

Com informações do News Motor.

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