A crescente disputa entre montadoras no setor de veículos elétricos, marcada por descontos agressivos e margens reduzidas, está levando o mercado a um ponto crítico. Esse é o alerta feito por Stella Li, vice-presidente executiva global da BYD, durante um evento em Londres. Em entrevista à Bloomberg News, a executiva afirmou que a guerra de preços é insustentável.

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Impacto no setor e reação do governo chinês
A competição acirrada, especialmente na China, tem gerado desequilíbrios financeiros, levando autoridades a intervir. O governo chinês convocou representantes das principais montadoras para discutir práticas mais sustentáveis, visando preservar a estabilidade do setor.
No mercado financeiro, os efeitos já são visíveis: a BYD perdeu cerca de US$ 22 bilhões em valor de mercado desde maio de 2025. Apesar disso, analistas acreditam que a empresa está bem posicionada para resistir ao cenário adverso, enquanto montadoras menores enfrentam dificuldades de sobrevivência.
Expansão global e aposta na Europa
Paralelamente à disputa doméstica, a BYD está investindo fortemente na Europa, com planos de US$ 20 bilhões para ampliar sua rede de concessionárias e fortalecer o pós-venda. A marca já superou a Tesla na região, oferecendo um portfólio mais diversificado e preços competitivos, especialmente entre os híbridos plug-in.
Consolidação como solução para o futuro
Apesar da intensa concorrência, a BYD acredita que o mercado de elétricos passará por uma consolidação natural, eliminando players menos competitivos e estabelecendo um ambiente mais saudável para empresas e consumidores.
Brasil: liderança consolidada no setor de eletrificados
No Brasil, a BYD segue como líder nas vendas de elétricos e híbridos plug-in, ultrapassando 100 mil emplacamentos acumulados. Com fábricas e investimentos locais, a montadora se tornou protagonista na transformação do setor automotivo nacional.
Conclusão
A guerra de preços, embora tenha acelerado a adoção de elétricos, pode comprometer a rentabilidade e estabilidade do setor. A busca por eficiência, expansão planejada e responsabilidade econômica será essencial para equilibrar o mercado e garantir um futuro sustentável para a mobilidade elétrica.
Com informações do Terra.