Um vídeo que circula nas redes sociais nesta semana expôs uma cena inusitada e alarmante registrada no bairro Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro: um motorista foi flagrado utilizando energia de um poste de iluminação pública para carregar seu carro híbrido, um BYD King, por meio de uma ligação clandestina — o popularmente conhecido “gato”.
Foto: Divulgação.
A cena gerou debate nas plataformas digitais e reacendeu discussões sobre os desafios de infraestrutura e segurança no avanço da eletromobilidade no país.
Um “jeitinho” perigoso e ilegal
Apesar de representar a criatividade brasileira em situações adversas, o ato configura crime de furto segundo o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena prevista de até quatro anos de reclusão, além de multa.
Especialistas alertam que ligações clandestinas representam graves riscos não apenas para quem realiza o desvio, mas também para a população ao redor. Sobrecargas, curtos-circuitos e até incêndios podem ocorrer quando a rede elétrica é manipulada sem os devidos equipamentos e autorizações. Além disso, essas ações podem comprometer a integridade das baterias dos veículos, que requerem padrões específicos de recarga.
Segurança elétrica em debate
Em meio ao crescimento da frota de veículos híbridos e elétricos no Brasil, o episódio destaca a urgência de ampliar a rede de recarga oficial, garantindo que motoristas não recorram a improvisações arriscadas.
Atualmente, diversos fabricantes oferecem carregadores portáteis para uso emergencial, mas o carregamento ideal deve ocorrer em eletropostos homologados ou em instalações certificadas em residências ou condomínios, respeitando normas técnicas de segurança.
“Não é apenas uma questão legal, é uma questão de segurança coletiva,” adverte um engenheiro elétrico ouvido pela reportagem.
Um alerta para conscientização
O caso serve como exemplo claro da necessidade de educação técnica e conscientização pública sobre os modos corretos de carregar veículos eletrificados. O avanço da mobilidade elétrica no Brasil exige não apenas incentivo à compra desses modelos, mas também infraestrutura segura e políticas públicas voltadas à instalação de pontos de recarga — especialmente em áreas urbanas.
Enquanto isso, cabe aos motoristas agir com responsabilidade, respeitando os limites legais e técnicos. Afinal, economizar na conta de luz não pode custar a segurança de todos.
Com informações do News Motor.
