BRT terá linha nas avenidas Gal Costa e Pinto de Aguiar em Salvador

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Por Emerson Pereira – Foto Lucas Moura/PMS

Com a meta de elevar o índice de satisfação dos passageiros de 56% para 60%, a Secretaria de Mobilidade (Semob) incluiu no Plano de Mobilidade Urbana 2025-2028 um conjunto de ações estratégicas para modernizar o transporte público de Salvador. Entre as principais iniciativas está a expansão do BRT, que ganhará um novo corredor nas avenidas Gal Costa e Pinto de Aguiar, além da implantação de linhas BRS na Orla — com destaque para a Linha B6 (Lapa x Aeroporto). As entregas estão previstas para ocorrer entre 2026, no caso da Linha B6, e 2028, com a conclusão do novo trecho do BRT.

O BRT de Salvador iniciou sua operação em setembro de 2022 e, atualmente, conta com cinco linhas em funcionamento, conectando importantes regiões da cidade como Lapa, Rodoviária, Pituba e Rio Vermelho. A nova etapa prevista pela Semob amplia a cobertura do sistema, criando uma ligação estratégica com a chamada Linha Azul e fortalecendo o transporte de média capacidade na capital baiana.

A implantação do corredor nas avenidas Gal Costa e Pinto de Aguiar exigirá uma parceria entre os governos municipal e estadual. O Governo do Estado será responsável pela construção das 12 estações previstas ao longo do trajeto, enquanto a Prefeitura de Salvador ficará encarregada da operação do sistema.

A nova zona de atendimento do BRT deve criar um importante eixo de deslocamento para o Subúrbio Ferroviário, alcançando bairros como Pirajá, Sussuarana, Pau da Lima e São Marcos. A linha vai partir da Estação Pirajá e passar pelo Terminal de Pituaçu — atualmente subutilizado —, integrando o sistema BRT ao metrô, e à linha BRS da Orla.

Desafio operacional

A ampliação do BRT nas avenidas Gal Costa e Pinto de Aguiar também representa um desafio operacional para o sistema de transporte de Salvador. Hoje, corredores como a Gal Costa e a 29 de Março têm baixa cobertura de linhas de ônibus convencionais, mesmo oferecendo trajetos mais ágeis e diretos. A resistência das empresas em operar nesses novos corredores tem limitado o aproveitamento dessas vias e, segundo especialistas, a consolidação da nova demanda dependerá de uma reorganização da rede e de políticas que estimulem o uso desses percursos pelos passageiros.

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