Comprar um SUV grande e potente por um preço atrativo no mercado de seminovos é o sonho de muitos motoristas. Ford Edge V6 e Land Rover Discovery — especialmente os modelos 3 e 4 com motor TDV6 — são exemplos clássicos de veículos que oferecem status e desempenho por uma fração do valor original. No entanto, esses carros também são conhecidos como “restos de rico”: luxuosos, mas com manutenção cara e problemas crônicos que podem levar o proprietário à falência.

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Land Rover Discovery: sofisticação que cobra caro
O Discovery é um legítimo 4×4, projetado para o off-road pesado, mas sua complexidade técnica é um desafio no Brasil. A manutenção é cara e exige mão de obra especializada, com peças que chegam a custar até três vezes mais que as de veículos americanos ou asiáticos.
Entre os principais problemas estão:
- Suspensão a ar: falhas nas bolsas, compressores e válvulas são comuns e caras de reparar.
- Motor TDV6: conhecido por falhas no virabrequim e superaquecimento, exige manutenção rigorosa.
- Sistema elétrico: apresenta falhas intermitentes em chicotes e módulos, com diagnóstico difícil e peças caras.
Ford Edge V6: menos complexo, mas com armadilhas
O Edge V6 é um SUV americano confortável e potente, com manutenção mais previsível e peças mais acessíveis. No entanto, possui um defeito de projeto grave na caixa de transferência (PTU), especialmente nos modelos AWD.
Problemas recorrentes incluem:
- Caixa de transferência (PTU): o óleo pode se degradar e causar travamento. A troca preventiva a cada 30 mil km é essencial.
- Sistema de arrefecimento: mangueiras e reservatórios plásticos podem falhar e causar superaquecimento.
- Suspensão: robusta, mas com componentes caros para substituir.
Comparativo de risco
Característica | Land Rover Discovery | Ford Edge V6 |
---|---|---|
Custo das peças | Altíssimo (peças importadas de luxo) | Alto (peças americanas) |
Problema crônico fatal | Virabrequim e suspensão a ar | Caixa de transferência (PTU) |
Prevenção do problema fatal | Manutenção rigorosa de óleo e refrigeração | Troca preventiva do óleo da PTU |
Complexidade de reparo | Muito alta | Alta |
Veredito
O Land Rover Discovery representa o maior risco. Sua combinação de eletrônica sofisticada, suspensão vulnerável e motor diesel problemático exige atenção constante e alto investimento. Já o Ford Edge, embora também caro, oferece uma chance de prevenção mais clara — desde que o proprietário esteja atento à manutenção da PTU.
Para quem busca menos dor de cabeça, o ideal é evitar ambos. Mas se o luxo desvalorizado for irresistível, o Edge pode ser uma escolha menos arriscada, desde que bem cuidado.
Com informações do Garagem 360.