A tradicional prática de reduzir a velocidade apenas ao se aproximar de um radar e acelerar logo em seguida está com os dias contados. Isso porque o Brasil começa a implementar um novo sistema de fiscalização viária: os radares de velocidade média. A tecnologia, já utilizada em países como Itália e Reino Unido, promete transformar a forma como os motoristas conduzem seus veículos, promovendo mais segurança e fluidez no trânsito.

Foto: Divulgação.
Diferente dos radares convencionais, que registram a velocidade em um único ponto, os novos dispositivos operam em pares. O sistema calcula o tempo que o veículo leva para percorrer a distância entre dois sensores e, com isso, determina a velocidade média. Se o resultado ultrapassar o limite permitido na via, o condutor será autuado.
A medida visa combater o comportamento arriscado de “acelerar e frear”, comum em rodovias e avenidas de grande movimento. Segundo especialistas, esse padrão de condução contribui para o aumento de acidentes, consumo excessivo de combustível e emissão de poluentes.
De acordo com o Ministério dos Transportes, os equipamentos já estão instalados em alguns trechos do país, mas ainda operam em caráter educativo. A aplicação de multas depende da regulamentação federal e da homologação técnica pelo Inmetro, prevista para ocorrer ainda em 2025. A pasta alerta que vídeos e publicações nas redes sociais que afirmam que os radares já estão multando são falsas.
Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Global Road Safety Partnership indicam que uma redução de apenas 1% na velocidade média pode diminuir em até 4% os acidentes fatais. Já uma queda de 5% pode representar até 30% menos mortes no trânsito.
Entre os impactos esperados com a adoção dos radares de velocidade média estão:
- Condução mais estável, sem variações bruscas de aceleração
- Redução significativa no número de acidentes
- Menor emissão de poluentes e economia de combustível
- Diminuição do efeito “sanfona”, que contribui para congestionamentos
A iniciativa representa um avanço na fiscalização de trânsito e reforça a importância do respeito aos limites de velocidade como medida de proteção coletiva. Mais do que punir, o novo sistema busca educar e salvar vidas, promovendo uma mudança de cultura entre os motoristas brasileiros.
Com informações do News Motor.