Por Emerson Pereira – Foto Montagem SóMob
Com a aproximação do fim do ano, a possibilidade de reajuste da tarifa do transporte público volta a ganhar destaque em Salvador. O tema costuma gerar debate entre os usuários, especialmente diante do peso que a passagem tem no orçamento de quem depende diariamente do sistema.
Atualmente fixada em R$ 5,60, a tarifa de Salvador já está entre as mais altas do país. Por outro lado, o sistema da capital baiana se diferencia por oferecer integração tarifária ampla. Com o pagamento de uma única passagem, o usuário pode utilizar ônibus do sistema Integra, linhas do BRT e também o metrô, respeitando o tempo e as regras de integração, sem a necessidade de pagar uma nova tarifa a cada embarque.
Até o momento, a Prefeitura de Salvador ainda não sinalizou oficialmente qualquer reajuste no valor da passagem. Já a Câmara de Vereadores aprovou recentemente, o Projeto de Lei que autoriza a concessão de um subsídio de R$ 67 milhões ao sistema de transporte público da capital. A medida, segundo a prefeitura, busca impedir que a tarifa de ônibus fique mais cara para os passageiros no próximo ano. Apesar disso, o assunto já circula com força nas redes sociais, onde alguns internautas levantam a possibilidade de a tarifa chegar a R$ 6,00 em 2026 — especulação que, até agora, não foi confirmada pelo poder público.
Nos últimos anos, os reajustes da tarifa ocorreram de forma gradual. Em 2017, a passagem custava R$ 3,60. Em 2018, subiu para R$ 3,70. Em 2019, o valor passou para R$ 4,00. Já em 2020, foi reajustada para R$ 4,20, seguida de novo aumento em 2021, quando chegou a R$ 4,40. Em 2022, a tarifa passou a ser de R$ 4,90 e, em 2023, foi fixada em R$ 5,20. O último reajuste ocorreu em 2025, elevando o valor para os atuais R$ 5,60.
O valor é o mesmo para os ônibus convencionais do sistema Integra, para o BRT e para o STEC, consolidando o modelo de tarifa única. Enquanto não há um posicionamento oficial da Prefeitura ou da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), a discussão sobre um possível reajuste segue restrita às especulações, comuns neste período do ano.
