Por Emerson Pereira – Foto Divulgação Internacional Travessias
Uma das perguntas mais comuns entre quem enfrenta filas no terminal de São Joaquim ou de Bom Despacho é simples: afinal, quantos carros cabem em um ferry-boat? A resposta varia bastante de acordo com a embarcação em operação. Atualmente, a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica conta com ferries de diferentes portes, com capacidades que ajudam a entender tanto o desempenho do sistema quanto as dificuldades enfrentadas pelos usuários.
O ferry com maior capacidade para veículos da frota é o FB Zumbi dos Palmares, capaz de transportar até 135 carros por viagem, além de acomodar 894 passageiros. Em seguida aparece o FB Dorival Caymmi, que comporta 120 veículos e se destaca também como o ferry com maior capacidade de passageiros, podendo levar até 987 pessoas.
Na faixa intermediária estão o FB Anna Nery e o FB Ivete Sangalo, ambos com capacidade para 55 veículos. O Anna Nery pode transportar 508 passageiros, enquanto o Ivete Sangalo chega a 628 passageiros, reforçando a operação principalmente em períodos de maior movimento.
Já os ferries com menor capacidade de veículos em operação atualmente são o FB Maria Bethânia, o FB Pinheiro e o FB Rio Paraguaçu, todos limitados a 40 veículos por travessia. Em relação ao número de passageiros, o Maria Bethânia comporta 793 pessoas, o Pinheiro 709, e o Rio Paraguaçu 628 passageiros.
Mesmo com embarcações de grande porte, o sistema ferry-boat segue sendo alvo frequente de reclamações, sobretudo por filas extensas, atrasos e interrupções na operação em feriados e fins de semana prolongados. Segundo informações que circulam nos bastidores do setor, o Governo do Estado da Bahia estuda a aquisição de um novo ferry-boat para reforçar a frota e ampliar a capacidade do sistema.
É importante lembrar que a responsabilidade pelo sistema ferry-boat é do Governo do Estado, enquanto a operação das travessias é realizada atualmente pela Internacional Travessias Salvador. Para os usuários, a expectativa é de que novos investimentos tragam mais regularidade e reduzam os gargalos de um serviço considerado estratégico para a mobilidade entre Salvador e o Recôncavo Baiano.
