Cinco anos de BRT Sorocaba: um modelo de mobilidade que inspira outras cidades brasileiras

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Por Emerson Pereira – Foto Secom/Prefeitura de Sorocaba

O BRT Sorocaba acaba de completar cinco anos de operação e, nesse período, transformou o transporte público da cidade paulista em um verdadeiro exemplo de eficiência, tecnologia e integração. Desde o início das atividades, em agosto de 2020, o sistema se consolidou como referência nacional entre os municípios de médio porte, mostrando que é possível oferecer mobilidade de qualidade fora dos grandes centros urbanos.

Com mais de 80 milhões de passageiros transportados desde sua inauguração, o BRT Sorocaba conta com dois corredores exclusivos, sete corredores estruturais, três terminais, 23 estações e 128 pontos de parada, além de um moderno Centro de Controle Operacional. A frota é composta por 118 ônibus equipados com wi-fi, tomadas USB, soluções sustentáveis e motores menos poluentes, que garantem conforto e segurança aos usuários. Recentemente o sistema começou a incorporar seus primeiros ônibus elétricos.

Foto Secom/Prefeitura de Sorocaba

Toda a operação é apoiada por um avançado Sistema de Transporte Inteligente, com mais de 1.400 câmeras, 610 computadores embarcados, 442 telas e displays de LED e 110 quilômetros de fibra óptica. Essa infraestrutura tecnológica assegura agilidade na operação e eficiência no acompanhamento em tempo real de todo o sistema. O resultado se reflete na satisfação dos passageiros: cerca de 80% dos usuários avaliam o serviço como ótimo ou bom, segundo as pesquisas de qualidade realizadas desde 2021.

O sucesso de Sorocaba mostra que cidades médias e grandes do interior também podem ter sistemas estruturados e modernos de transporte público. Municípios como Lauro de Freitas e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, poderiam se inspirar no modelo sorocabano para organizar seus sistemas urbanos, priorizando corredores exclusivos, integração modal e eficiência operacional.

A comparação se torna ainda mais evidente quando se observa o caso de Feira de Santana (BA), cujo sistema, apesar de se autodenominar BRT, não conta com corredores exclusivos nem infraestrutura adequada. O chamado “BRT” feirense funciona com ônibus circulando no trânsito comum, o que compromete a velocidade, a regularidade e a experiência dos passageiros — uma realidade bem distante do conceito de Bus Rapid Transit adotado em Sorocaba.

Ao completar cinco anos, o BRT Sorocaba se destaca não apenas como um modelo de transporte, mas como um símbolo de como a mobilidade urbana pode impulsionar o desenvolvimento local. Um exemplo concreto de que, com planejamento, investimento e visão de futuro, é possível transformar o deslocamento das pessoas e a dinâmica das cidades brasileiras.

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