A presença de metanol em combustíveis adulterados tem se tornado uma ameaça silenciosa e perigosa para motoristas brasileiros. Utilizado ilegalmente por fraudadores para aumentar o volume de gasolina ou etanol, o metanol — um álcool industrial altamente tóxico e corrosivo — compromete não apenas o funcionamento dos veículos, mas também a saúde humana.

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Embora visualmente semelhante ao etanol comum, o metanol é proibido como combustível pela legislação brasileira. Seu uso clandestino pode atingir concentrações superiores a 90%, tornando a mistura extremamente agressiva. O composto ataca componentes metálicos e plásticos do motor, como bicos injetores, bombas de combustível e tanques, provocando falhas mecânicas e prejuízos elevados.
Além da corrosão, o metanol gera depósitos que travam válvulas e dificultam a combustão, resultando em perda de potência, aumento no consumo e dificuldade na partida. Em casos mais graves, pode causar superaquecimento e falhas na injeção eletrônica, com o acendimento da luz de alerta no painel.
Os riscos à saúde são igualmente preocupantes. A inalação ou o contato direto com vapores de metanol pode causar dores de cabeça, náuseas, irritações e, em exposições prolongadas, danos neurológicos e respiratórios. A ingestão acidental, mesmo em pequenas quantidades, pode levar à cegueira ou à morte. Outro perigo pouco conhecido é que o fogo do metanol é invisível, dificultando o socorro em caso de incêndio.
Detectar o metanol a olho nu é praticamente impossível, mas o veículo costuma apresentar sinais como:
- Dificuldade na partida
- Odor forte de solvente
- Luz da injeção acesa
- Perda de potência
- Ruídos anormais no motor
Ao identificar esses sintomas, é recomendado interromper o uso do veículo e procurar uma oficina especializada para limpeza do sistema de alimentação.
Para se proteger, especialistas recomendam abastecer apenas em postos de confiança, exigir nota fiscal e denunciar suspeitas à ANP ou ao Procon. O metanol adulterado é um inimigo invisível, mas seus efeitos são devastadores — proteger o motor é importante, mas preservar a saúde é essencial.
Com informações do News Motor.





