Com o aumento na procura por veículos usados, cresce também o risco de fraudes envolvendo hodômetros adulterados. Reduzir a quilometragem registrada — prática ilegal segundo o artigo 66 da Lei nº 8.078/1990 — pode inflar artificialmente o valor do carro e mascarar seu real estado de conservação. Para evitar prejuízos, é essencial que o comprador esteja atento a sinais físicos e documentais que indicam uso excessivo ou inconsistências.

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Histórico de revisões: a trilha da verdade
- Verifique o manual de manutenção: revisões oficiais costumam ocorrer a cada 10 mil km. Um carro com 20 mil km deve ter no máximo dois registros.
- Questione a ausência de documentos ou justificativas vagas sobre perda de histórico.
- Solicite notas fiscais e registros complementares para confirmar a quilometragem declarada.
Sinais físicos de desgaste
- Volante e câmbio: brilho excessivo ou superfície lisa indicam uso intenso, comum após 90 mil km.
- Pedais, bancos e tapetes: esgarçamentos, marcas profundas e desgaste irregular sugerem rodagem elevada.
- Incoerência visual: estado interno incompatível com a quilometragem exibida merece investigação.
Scanner e central eletrônica
Veículos com hodômetros digitais armazenam a quilometragem real na central eletrônica. Oficinas autorizadas podem usar scanners para comparar os dados do painel com os registros internos. Essa verificação técnica é uma das formas mais seguras de detectar adulterações e pode servir como prova em caso de disputa.
Dicas para negociar com segurança
- Sempre leve o carro a uma oficina de confiança antes de fechar negócio.
- Prefira veículos com histórico completo e transparente.
- Desconfie de preços muito abaixo da média ou justificativas inconsistentes sobre o uso.
Adotar essas medidas protege seu investimento e evita surpresas desagradáveis.
Com informações do News Motor.