Por Emerson Pereira – Foto Reprodução SóMob
Uma ação conjunta que vem acontecendo desde maio entre a Secretaria de Mobilidade de Lauro de Freitas (Semob) e a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) está promovendo mudanças no Terminal Aeroporto com foco em melhorar a fluidez da operação de ônibus e o deslocamento dos passageiros. As primeiras intervenções foram concentradas na plataforma A, espaço utilizado pelas linhas circulares urbanas e metropolitanas.
A principal medida foi a definição de áreas específicas para cada grupo de linhas. Agora, as linhas urbanas, como 1625, 1001 e 0310, possuem um ponto de parada fixo, enquanto as linhas metropolitanas, a exemplo das 862, 879 e 841, utilizam outra área distinta. A separação reduziu a sobreposição de veículos e organizou o embarque e desembarque dos usuários, que passaram a encontrar maior previsibilidade no fluxo.
Outra mudança significativa foi a proibição da permanência de ônibus na lateral paralela à plataforma A durante os horários de pico. Antes, os veículos que aguardavam para entrar em operação acabavam formando filas que dificultavam a circulação. Com a retirada desse gargalo, os acessos ficaram mais livres e a movimentação ganhou rapidez.
Impactos percebidos na prática
Embora muitas vezes esse tipo de intervenção não seja notada de forma explícita pelos usuários, seus efeitos são sentidos no cotidiano. A organização da circulação garante que os coletivos não disputem espaço de forma desordenada, o que contribui para viagens mais rápidas, reduz o risco de atrasos e proporciona mais clareza sobre onde cada linha está posicionada no terminal.
Segundo relatos de passageiros que utilizam diariamente a estação, a mudança trouxe maior facilidade para localizar os ônibus, além de diminuir a confusão nos momentos de pico. Para os motoristas, o fluxo mais ágil representa menos tempo em fila e maior eficiência na operação.
Importância da gestão invisível
A experiência no Terminal Aeroporto mostra a relevância de ações de gestão operacional que, mesmo sem grande visibilidade, têm impacto direto na qualidade do transporte coletivo. Definições aparentemente simples — como reorganizar pontos de parada ou retirar veículos de áreas de bloqueio — contribuem para um ambiente mais funcional, que favorece tanto usuários quanto operadores.
Com a continuidade das intervenções, a expectativa é que outras áreas do terminal recebam ajustes semelhantes, ampliando os ganhos de fluidez e reforçando o papel da integração entre órgãos municipais e estaduais na busca por soluções para a mobilidade da região metropolitana.