Garantia de moto: o que cobre, o que exclui e como reivindicar seus direitos

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No Brasil, a motocicleta é mais do que um meio de transporte — é ferramenta de trabalho e realização pessoal. Por isso, compreender os detalhes da garantia oferecida pelas fabricantes é essencial para evitar gastos inesperados e garantir a manutenção adequada do veículo.

Foto: Divulgação.

A garantia cobre falhas de produção, mas não substitui o seguro nem cobre mau uso. Ler o manual e o contrato com atenção desde a compra é fundamental para entender o que está incluído e o que está excluído da cobertura.

O que a garantia cobre

A cobertura padrão protege contra defeitos que surgem sem interferência do proprietário, desde que as revisões estejam em dia. Os principais itens incluem:

  • Motor e transmissão: falhas internas e vazamentos
  • Sistema elétrico e eletrônico: centralina, alternador e bateria original
  • Peças com corrosão ou quebra sem causa aparente
  • Pintura: bolhas e descascamentos de origem fabril
  • Itens de segurança: freios, suspensão e direção com defeito de fabricação

O que a garantia não cobre

A garantia não funciona como seguro total. Estão excluídos:

  • Roubo e furto
  • Acidentes e quedas
  • Desgaste natural: pneus, pastilhas, correias, embreagem
  • Falta de manutenção: revisões fora do prazo
  • Modificações e acessórios não originais
  • Uso inadequado: sobrecarga, off-road em motos urbanas
  • Fatores externos: enchentes, incêndios, queda de objetos

Direitos do consumidor

O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990) garante proteção adicional. Se um defeito persistir após três tentativas de reparo, o consumidor pode exigir troca do produto ou devolução do valor.

A garantia legal cobre vícios ocultos por no mínimo três meses, mesmo após o fim da garantia contratual. É importante registrar todas as ocorrências com datas, fotos, ordens de serviço e comunicados de recall.

Como agir em caso de negativa

  1. Solicite laudo técnico por escrito
  2. Guarde comprovantes de revisões e notas fiscais
  3. Acione o PROCON com a documentação
  4. Procure o Juizado Especial, se necessário
  5. Não aceite negativa sem justificativa técnica completa

Com informação clara, é possível distinguir defeito de fabricação de desgaste por uso e garantir seus direitos com mais agilidade e segurança.

Com informações do News Motor.

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