Freios de carros elétricos: por que duram até 150 mil km e geram menos impacto ambiental

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A manutenção de veículos elétricos é reconhecidamente mais simples e econômica do que a dos modelos a combustão, e um dos principais fatores que contribuem para essa vantagem está no sistema de freios. Enquanto em carros tradicionais as pastilhas costumam ser trocadas a cada 40 mil quilômetros, nos elétricos há registros de durabilidade que ultrapassam os 100 mil km — e em alguns casos, chegam a 150 mil km. Essa diferença se deve, principalmente, à tecnologia de frenagem regenerativa.

Foto: Divulgação.

A frenagem regenerativa é um sistema inteligente que transforma o motor elétrico em gerador durante a desaceleração. Ao tirar o pé do acelerador ou acionar o freio, o motor passa a recuperar energia cinética e convertê-la em eletricidade para recarregar a bateria. Esse processo cria uma resistência que desacelera o veículo, reduzindo drasticamente a necessidade de uso dos freios mecânicos — discos e pastilhas.

Segundo especialistas da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), essa desaceleração regenerativa é suficiente para que os freios convencionais sejam acionados apenas em situações de emergência ou quando o sistema eletrônico detecta necessidade adicional. Como resultado, há menos atrito, menos calor gerado e, consequentemente, menos desgaste dos componentes.

Nos veículos a combustão, a frenagem depende quase exclusivamente do atrito entre pastilhas e discos, o que acelera o desgaste e exige trocas frequentes. Já nos elétricos, especialmente em frotas urbanas, é comum que o sistema de freios dure até o fim da vida útil do veículo — algo impensável nos modelos convencionais.

Apesar da alta durabilidade, o sistema hidráulico de freio continua presente e exige atenção. O fluido de freio, por exemplo, deve ser trocado conforme os prazos recomendados no manual do fabricante, pois absorve umidade com o tempo e pode comprometer a eficiência da frenagem.

Além da economia direta com manutenção, os freios regenerativos também oferecem benefícios ambientais. A redução do desgaste mecânico diminui a emissão de partículas finas e poluentes, contribuindo para uma mobilidade urbana mais limpa e sustentável.

Em resumo, os freios dos carros elétricos duram mais porque o motor elétrico assume boa parte da desaceleração, poupando os componentes mecânicos. Isso representa menos gastos, menos poluição e mais eficiência — um dos muitos motivos pelos quais a eletrificação vem ganhando força no setor automotivo.

Com informações do News Motor.

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