Por Emerson Pereira – Foto Divulgação
O teleférico do Subúrbio de Salvador é a mais nova aposta da prefeitura para melhorar a mobilidade na capital baiana. Segundo a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, as obras estão previstas para começar no primeiro semestre de 2026 e devem reduzir em até uma hora o tempo de deslocamento de quem mora na região.
Atualmente, moradores de bairros mais altos, como Alto da Terezinha e Plataforma, gastam cerca de uma hora para chegar à estação de metrô. Com o teleférico, esse percurso deve ser feito em apenas 18 minutos.
“É uma economia de tempo significativa para quem precisa se deslocar do Subúrbio ao Centro da cidade. Hoje, esse trajeto exige um grande retorno pela BA-528, uma via com tráfego intenso”, explica Tânia Scofield.
O projeto prevê um percurso de 4,3 km ligando Praia Grande a Campinas de Pirajá, com quatro estações: Campinas de Pirajá (ao lado da estação do metrô), centro de Pirajá, Rio Sena (dentro do Projeto Mané Dendê) e Praia Grande. Ao todo, serão 27 torres, com algumas chegando a 45 metros de altura. A previsão é que o modal funcione diariamente, com tarifas integradas ao sistema atual, que inclui ônibus convencional (Integra), BRT, metrô e, futuramente, o VLT.
A FMLF é responsável pela elaboração do projeto, que deve ser entregue à Superintendência de Obras Públicas (Sucop) ainda neste mês. O planejamento do teleférico vai além da construção civil: envolve também um trabalho social para apresentar o novo modal às comunidades beneficiadas. “Precisamos dialogar com a população, que ainda não conhece esse tipo de equipamento. Reuniões e comunicação são fundamentais”, afirma Tânia.
As cabines do teleférico terão capacidade média para 10 passageiros. Embora o número exato de unidades ainda não tenha sido definido, estima-se que o sistema possa transportar cerca de quatro mil pessoas por hora nos dois sentidos, oferecendo uma nova alternativa de deslocamento para a cidade.
