Por Emerson Pereira – Foto G1
Durante o Seminário da NTU, em Brasília, a gerente de Produtos da Empresa 1, Andrea Trede, destacou que o transporte público brasileiro vive um momento de virada tecnológica. A bilhetagem eletrônica, antes restrita a cartões físicos e terminais de recarga, agora se integra a um ecossistema digital que amplia as possibilidades de acesso e pagamento, tornando a experiência do usuário mais fluida e prática.

Essa evolução não beneficia apenas o passageiro — a análise de dados gerada pelos sistemas permite que operadores e gestores criem novos serviços, ajustem rotas e melhorem a qualidade do transporte como um todo.
Integração: o caminho para cidades mais conectadas
A interoperabilidade entre diferentes modais e sistemas de pagamento é, na visão de Andrea, um dos pilares para aumentar a atratividade do transporte coletivo. “Quando o passageiro consegue planejar a melhor rota usando ônibus, metrô, trem ou bicicleta, pagando de forma integrada e ainda aproveitando benefícios específicos para essas conexões, a experiência melhora significativamente. Isso é priorizar o transporte público e, ao mesmo tempo, a qualidade de vida urbana”, afirma.
Segurança e confiabilidade
Desde o início, a bilhetagem eletrônica foi concebida com foco na segurança. A criptografia de última geração e as constantes atualizações garantem que transações e dados sejam protegidos. A Empresa 1, pioneira no Brasil desde 1997, desenvolve soluções que previnem fraudes e otimizam operações, reforçando a confiança no sistema.
O futuro: biometria e inteligência artificial
Para Andrea, tecnologias como biometria facial e inteligência artificial devem ganhar protagonismo nos próximos anos. Já utilizadas para evitar fraudes em tarifas com benefício, essas soluções tendem a personalizar e tornar ainda mais eficiente o uso do transporte coletivo.
Desafios para avançar
Apesar dos avanços, a expansão da bilhetagem enfrenta barreiras, principalmente ligadas à infraestrutura e questões políticas. A gerente destaca que a chegada do 5G é esperada como um divisor de águas. “Com conectividade de alta qualidade, poderemos oferecer um serviço de ponta a ponta, realmente transformando a experiência dos passageiros.”
No cenário atual, a bilhetagem eletrônica se mostra muito mais do que um simples meio de pagamento. É um elemento estratégico para garantir eficiência, integração e atratividade ao transporte público, tornando-o mais competitivo diante das alternativas individuais de deslocamento. Em um país que enfrenta desafios históricos de mobilidade, investir em sistemas inteligentes de bilhetagem é investir na qualidade de vida das cidades.