A vistoria veicular é etapa indispensável para garantir que um automóvel usado esteja em conformidade com as exigências legais e em boas condições de segurança. Exigida pela resolução 466/2013 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a inspeção técnica é obrigatória para emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).

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Além de ser requisito para a transferência de propriedade, o laudo de vistoria comprova a integridade estrutural e mecânica do veículo. Sem esse documento, o proprietário pode ser penalizado com infração gravíssima, sujeita à apreensão do carro até sua regularização.
Itens avaliados na inspeção
A análise feita por empresas credenciadas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) inclui os seguintes sistemas e componentes:
- Freios: verificação do conjunto completo, incluindo freio de mão.
- Iluminação: inspeção dos faróis, lanternas, luzes de seta, ré e freio.
- Pneus: avaliação de desgaste e condições dos cinco pneus, incluindo o estepe.
- Suspensão: estado de amortecedores e molas.
- Cintos de segurança: funcionamento dos cintos de todos os ocupantes.
- Emissão de poluentes: conformidade com os limites estabelecidos pela legislação.
- Sistema elétrico: funcionamento da buzina, limpadores e demais dispositivos.
- Chassi e motor: checagem de numeração e correspondência com a documentação.
Se algum dos itens estiver fora dos padrões exigidos, o veículo será reprovado e deverá passar por reparos antes de ser submetido a nova vistoria.
Agendamento e custos
Para realizar a inspeção, o proprietário deve agendar o serviço por meio do site do Detran de seu estado, onde é possível consultar a lista de empresas autorizadas. É necessário apresentar o CRLV e o comprovante de pagamento das taxas.
Embora seja comum que o comprador arque com o custo da vistoria na aquisição de um carro usado, a negociação entre as partes pode definir quem assume essa despesa. Caso o vendedor se recuse a submeter o veículo à análise técnica, especialistas alertam: é recomendável não concluir a compra.
Com informações do Estadão Mobilidade.