Por Emerson Pereira – Foto Lucas Moura e Ascom Semob
Salvador deu mais um passo importante rumo à modernização do transporte público. Nesta quarta-feira (9), foi concluída a missão técnica de representantes do Banco Mundial, que vieram à capital baiana para avaliar um projeto de financiamento voltado à aquisição de ônibus 100% elétricos.
A iniciativa, conduzida pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), prevê um investimento de até U$ 94 milhões para viabilizar a compra de cerca de 100 veículos elétricos — incluindo modelos convencionais, alongados e articulados — com foco prioritário no sistema BRT Salvador.
A proposta integra uma estratégia mais ampla de transição energética, que tem como metas principais a redução da emissão de poluentes, a melhoria da qualidade do ar e o fortalecimento de um modelo de mobilidade urbana mais sustentável e eficiente.

Mudança na matriz energética
De acordo com o secretário de mobilidade, Pablo Souza, o projeto representa um marco na reestruturação do transporte coletivo em Salvador. “A aquisição desses veículos está alinhada ao plano de mobilidade urbana sustentável da cidade. O objetivo é expandir os serviços, com foco na eletrificação da frota e na redução das emissões — especialmente no BRT, que é o principal alvo desta primeira etapa”, destacou.
Souza também citou que o BRS Orla está incluído no planejamento de médio prazo, ampliando o impacto da nova frota elétrica para outras regiões da cidade. A estimativa é de que o financiamento avance nos próximos meses, após avaliação final do Banco Mundial e aprovação do governo federal.
Escolha técnica e prática
Enquanto busca viabilizar o crédito internacional, a Prefeitura já iniciou testes com diferentes tipos de ônibus elétricos. As avaliações incluem veículos de portes variados, que vêm sendo testados em linhas com características distintas — do tráfego em corredores de alta demanda até itinerários mais curtos e locais.
O objetivo é identificar quais marcas e modelos oferecem o melhor desempenho operacional para a realidade de Salvador, considerando aspectos como autonomia, consumo de energia, conforto, capacidade de passageiros e adaptação à topografia da capital baiana.