O que deveria ser uma conquista tecnológica se transformou em um pesadelo para Vladdroid, usuário identificado em fóruns automotivos, após comprar um Tesla Model S usado. O antigo dono, que não desvinculou sua conta do veículo, manteve o controle remoto ativo e passou a interferir no funcionamento do carro à distância.
Foto: Divulgação.
Entre as ações realizadas remotamente estavam:
- Limitação da velocidade a 80 km/h
- Manipulação do sistema de climatização
- Abertura e fechamento das portas durante a madrugada
- Ativação do alarme por longos períodos
- Manutenção do carro em modo Valet, que restringe diversas funções
Além disso, a bateria do veículo apresentava perda de até 60% da carga diariamente, mesmo estacionado.
Estratégia e vingança digital
Sem resposta imediata da Tesla, Vladdroid adotou uma abordagem criativa: passou a carregar o carro em estações Supercharger, acumulando taxas de inatividade que seriam cobradas ao antigo proprietário. Após mais de 4.000 tentativas, conseguiu desbloquear o modo restrito e acessar dados pessoais do ex-dono, incluindo nome, endereço e propriedades.
Com essas informações, enviou uma mensagem educada, solicitando a liberação total do controle do veículo. O antigo dono, um executivo de 42 anos, surpreendido, cedeu o acesso completo, encerrando a disputa.
Reflexão sobre segurança automotiva
O caso levanta preocupações sobre a segurança digital em veículos inteligentes. A falta de um processo automatizado para redefinir configurações de fábrica antes da revenda pode deixar brechas para abusos. Especialistas alertam que fabricantes devem aprimorar os protocolos de transferência de propriedade para evitar situações semelhantes.
Com informações do News Motor.
