Últimos trens do VLT de Salvador seguem para adequações em São Paulo

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Por Emerson Pereira – Foto Divulgação Ascom CTB

O projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador avançou mais uma etapa. A última remessa dos 40 trens adquiridos pelo Governo da Bahia foi enviada na última sexta-feira (4) da cidade de Cuiabá (MT) para Hortolândia (SP), onde as composições passarão por adequações técnicas na fábrica da CAF, empresa responsável pela fabricação dos veículos.

Os trens do modelo URBOS 100 foram produzidos pela CAF para o sistema de VLT de Cuiabá, mas nunca chegaram a operar. Agora, passam por uma reconfiguração para se adaptar às características da capital baiana, como a topografia, clima e condições da via. Cada composição possui sete módulos interligados e capacidade para transportar até 400 passageiros.


Adaptação e cronograma

As adequações em São Paulo fazem parte do processo de recondicionamento dos veículos, antes que sejam enviados para Salvador. O transporte dos trens até a capital baiana está previsto para começar em dezembro deste ano. A previsão é que os testes dinâmicos – incluindo energização da via e simulações com composições em movimento – tenham início no primeiro semestre de 2026.

De acordo com o Governo da Bahia, o custo do transporte dos trens entre Cuiabá e Hortolândia é estimado em R$ 11 milhões. A operação, feita por carretas especiais, leva cerca de quatro dias para concluir cada viagem.

Investimento e reaproveitamento

A aquisição das composições foi formalizada em julho de 2024, a partir de um acordo entre os governos da Bahia e do Mato Grosso. O valor total da compra foi de R$ 793,7 milhões, parcelado em quatro vezes anuais. A negociação permitiu que a Bahia aproveitasse os trens que estavam parados há mais de 10 anos em Mato Grosso.

Situação das obras

O projeto do VLT prevê a construção de 36,4 km de trilhos, ligando a região do Comércio até Ilha de São João, em Simões Filho. Ao todo, serão 34 estações, distribuídas em três lotes de obras. Os lotes 1 e 2, que correspondem ao trecho entre o Comércio e Plataforma, já estão em execução, com avanço médio de 13% a 19%, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Já o lote 3, que abrange o trecho entre Plataforma e Ilha de São João, ainda aguarda a ordem de serviço, prevista para o segundo semestre de 2025.

A expectativa do governo é iniciar a operação comercial do sistema de forma gradual a partir de 2027.

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