Motociclistas profissionais têm menos acidentes do que usuários comuns, aponta estudo

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Um estudo inédito realizado pelo Instituto Cordial, com apoio da plataforma 99, revelou que motociclistas profissionais — como mototaxistas, entregadores e parceiros de aplicativos — sofrem menos acidentes e óbitos do que usuários que utilizam a moto para fins pessoais.

Foto: Getty Images

A pesquisa, intitulada Segurança Viária e o Motoapp, analisou dados de janeiro de 2023 a dezembro de 2024, com foco na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e abrangência nacional. Os resultados mostram que, na RMSP, a taxa de sinistros por quilômetro rodado entre motociclistas profissionais foi 2,8 vezes menor do que entre condutores comuns.

Números que sustentam a diferença

  • Motociclistas profissionais: 2,3 sinistros por milhão de km rodados
  • Motociclistas comuns: 6,9 sinistros por milhão de km rodados
  • Brasil (geral): 1.011 sinistros com internação por 100 mil motos
  • 99Moto: 518 sinistros com internação por 100 mil motos

A metodologia cruzou dados do Infosiga-SP, Pesquisa Origem-Destino 2023, PNAD e registros operacionais da 99Moto. A análise considerou sinistros leves, graves e fatais.

Contexto jurídico e debate sobre mototáxi

A divulgação do estudo ocorre em meio à disputa judicial entre a 99 e a Prefeitura de São Paulo, que proíbe o serviço de mototáxi na capital desde 2023. A administração municipal alega que a modalidade pode aumentar o número de acidentes, mas os dados apresentados pela 99 sugerem o contrário.

A polêmica envolve interpretações divergentes entre legislação federal e decretos municipais, com decisões judiciais oscilando entre a liberação e a suspensão do serviço. A Câmara Municipal tem promovido audiências públicas sobre o tema, e até mesmo as empresas envolvidas já defendem a regulamentação da atividade.

Próximos passos

A Justiça Estadual de São Paulo deve julgar em breve a ação que questiona a constitucionalidade do decreto municipal que proíbe o mototáxi. Enquanto isso, o debate sobre segurança viária, mobilidade urbana e regulação de novos modais segue em alta.

Com informações do Estadão Mobilidade.

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