Greve poderá ser a maior da história de Salvador, superando as de 1992 e 2006
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Os rodoviários de Salvador mantêm o estado de greve iniciado na quinta-feira passada e discutem, nesta segunda-feira (19), a publicação do edital que oficializará a paralisação. O documento, que deve ser divulgado com pelo menos 72 horas de antecedência, está previsto para ser anunciado na manhã de terça-feira (20), coincidindo com uma nova reunião de mediação entre o sindicato e as empresas, marcada para as 10h, com a presença do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A categoria está em campanha salarial há cerca de um mês e rejeita a proposta patronal que condiciona avanços à retirada de folgas aos domingos e à reintrodução do banco de horas. Segundo o diretor do sindicato, Fábio Primo, as chances de greve estão aumentando, embora ainda haja possibilidade de negociação com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A última paralisação ocorreu há duas semanas, quando cerca de 430 ônibus deixaram de circular, afetando diretamente 69 linhas e impactando bairros como Sussuarana, Tancredo Neves, Pirajá, Castelo Branco e Águas Claras.
A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) continua mediando as negociações para evitar uma greve, destacando que uma paralisação causaria prejuízos significativos aos usuários do transporte público. De acordo com a assessoria de imprensa, “a expectativa da Semob é que consigam chegar a um acordo na reunião de terça (19)”.
O Sindicato dos Rodoviários afirma que, caso não haja avanço nas negociações, a greve poderá ser a maior da história de Salvador, superando as de 1992 e 2006.
