Os carros elétricos estão ganhando espaço nas ruas brasileiras, mas uma nova pesquisa da Webmotors revelou que o principal obstáculo para a compra desses veículos mudou. Se antes o preço era o maior empecilho, agora o que mais preocupa os consumidores é a infraestrutura de recarga.

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Segundo o estudo realizado em abril de 2025 com mais de 1.300 entrevistados, 54% apontaram a falta de pontos de carregamento como o maior receio ao considerar um carro elétrico. A dificuldade de revenda (49%) e a segurança da tecnologia (44%) também aparecem como barreiras relevantes, seguidas pela vida útil da bateria (42%), preço elevado (39%), baixa autonomia (35%) e custo de manutenção (29%).
A boa notícia é que a confiança na tecnologia aumentou. Em comparação com uma pesquisa anterior de novembro de 2024, a preocupação com a segurança caiu do primeiro para o terceiro lugar, indicando que os brasileiros estão mais familiarizados com os veículos elétricos.
De acordo com Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors, “a principal preocupação agora é como integrar [o carro elétrico] ao dia a dia, não mais a segurança do veículo em si”. Isso mostra que o desafio atual não é convencer o consumidor sobre a qualidade do produto, mas sim garantir que a infraestrutura acompanhe o avanço da eletrificação.
Apesar das limitações, o mercado segue em crescimento. O BYD Dolphin Mini lidera as vendas de elétricos em 2025, com 19.516 unidades emplacadas entre janeiro e agosto. Vendido por R$ 119.990, o modelo oferece motor de 75 cv e autonomia de 280 km, tornando-se uma opção viável para o uso urbano.
O sucesso do Dolphin Mini reforça que, quando preço, autonomia e proposta se alinham, o consumidor brasileiro está disposto a apostar na mobilidade elétrica. O futuro dos elétricos no país depende, agora, da expansão da rede de recarga e da adaptação da infraestrutura urbana.
Com informações do Garagem 360.