Stellantis aposta em freio a tambor com ímã para reduzir poluição invisível

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A Stellantis surpreendeu o setor automotivo ao registrar uma patente que reinventa o tradicional freio a tambor com uma proposta sustentável. A inovação consiste na adição de ímãs ao sistema de frenagem, com o objetivo de capturar partículas metálicas liberadas durante o atrito entre componentes — conhecidas como poeira de freio.

Foto: Divulgação.

A proposta surge como resposta à crescente preocupação com a poluição invisível gerada por sistemas de frenagem, especialmente em veículos elétricos. Estudos indicam que essas partículas podem causar problemas respiratórios, inflamações pulmonares e até doenças cardiovasculares.

Pressão regulatória e contexto europeu

A iniciativa da Stellantis se alinha à norma Euro 7, que passou a incluir limites para emissão de partículas de freio. A medida força montadoras a repensarem seus sistemas, buscando alternativas menos poluentes.

Segundo a empresa, o freio a tambor magnético pode capturar grande parte das partículas ferrosas antes que cheguem ao meio ambiente. Embora não elimine 100% da poeira — já que partículas não ferrosas ainda escapam — representa um avanço significativo em relação aos sistemas convencionais.

Por que voltar ao freio a tambor?

Apesar de considerado ultrapassado, o freio a tambor possui características vantajosas para veículos elétricos:

  • Componentes de atrito ficam protegidos dentro de uma carcaça, facilitando a retenção de resíduos
  • Menor desgaste graças ao uso do freio regenerativo
  • Maior durabilidade e menor necessidade de manutenção

Modelos como Volkswagen ID.4, Fiat 500e e Audi Q4 e-tron já utilizam freios a tambor, aproveitando essas vantagens.

Manutenção e impacto ambiental

A limpeza dos ímãs pode ser feita durante revisões de rotina, sem custos adicionais relevantes. Com menor desgaste em veículos elétricos, o sistema magnético pode durar centenas de milhares de quilômetros, oferecendo eficiência e sustentabilidade.

A Stellantis mostra que soluções clássicas podem ser reinventadas para atender às demandas da mobilidade do futuro. O freio a tambor com ímã pode se tornar um marco na evolução dos sistemas de frenagem.

Com informações do News Motor.

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