União Europeia antecipa revisão de lei que proíbe carros a combustão a partir de 2035

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A União Europeia decidiu antecipar para o final de 2025 a revisão da lei que proíbe a venda de carros e vans novos movidos a combustão a partir de 2035. A medida, originalmente prevista para 2026, foi acelerada diante da pressão de montadoras e de alguns países-membros, que questionam a viabilidade da transição total para veículos elétricos dentro do prazo estipulado.

Foto: Divulgação.

A legislação, aprovada em 2022, é considerada uma das mais ambiciosas do mundo em termos de combate às emissões de dióxido de carbono. Na prática, ela representa o fim dos motores a gasolina e diesel no mercado europeu, o que provocou uma reorientação estratégica global na indústria automotiva. Fabricantes de diferentes continentes passaram a investir fortemente em eletrificação, tendo a Europa como referência regulatória.

Segundo informações da agência Reuters, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se reuniu com executivos do setor automotivo para discutir os desafios da implementação. Entre os principais pontos de preocupação estão o ritmo lento de expansão da infraestrutura de recarga e a demanda ainda tímida por veículos elétricos em algumas regiões do continente.

Uma das alternativas em análise é permitir a comercialização de veículos com motores a combustão que utilizem exclusivamente combustíveis neutros em carbono, como biocombustíveis avançados e e-combustíveis sintéticos. Também estão sendo considerados os híbridos plug-in e os modelos elétricos com extensores de autonomia a gasolina.

A antecipação da revisão revela uma divisão de opiniões entre as montadoras. A Volkswagen apoia a meta de emissão zero, mas defende maior flexibilidade na transição. Já BMW e Mercedes alertam para possíveis impactos negativos na economia e no mercado de trabalho. Por outro lado, marcas como Volvo, Polestar e Kia mantêm apoio firme à proibição total dos motores convencionais até 2035.

Embora a Comissão Europeia ainda não tenha divulgado os detalhes das possíveis alterações, a aceleração do debate indica que o posicionamento definitivo sobre o futuro dos motores a combustão será conhecido antes do previsto. A decisão promete influenciar profundamente os rumos da indústria automotiva global, afetando investimentos, políticas públicas e o comportamento dos consumidores nos próximos anos.

Com informações do Garagem 360.

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