Um levantamento realizado pela fintech Gigu revelou dados inéditos sobre os ganhos e desafios enfrentados por motoristas de aplicativo em Goiânia. A pesquisa, baseada em informações detalhadas sobre despesas operacionais, tempo de trabalho e margem de lucro, oferece uma visão mais transparente da realidade financeira desses profissionais, frequentemente negligenciada pelas plataformas.

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Segundo o estudo, motoristas que trabalham cerca de 54 horas por semana na capital goiana faturam, em média, R$ 6.500 por mês. No entanto, os custos operacionais — que incluem combustível, manutenção e aluguel de veículos — chegam a aproximadamente R$ 3.500 mensais. Isso resulta em um lucro líquido médio de R$ 13,41 por hora trabalhada.
Entre os principais gastos, o combustível representa cerca de R$ 1.900 por mês. A maioria dos motoristas (73,86%) utiliza frota própria, enquanto 26,14% trabalham com veículos alugados, o que reduz a margem de lucro.
A pesquisa também traçou o perfil nacional dos motoristas de aplicativo: 70% dependem exclusivamente da atividade como fonte de renda, 50% trabalham mais de nove horas por dia, e mais de 80% não possuem proteção previdenciária. Além disso, 38% não têm plano de saúde e 67% estão endividados.
Para ajudar os profissionais a tomar decisões mais estratégicas, a Gigu desenvolveu o jogo gratuito “Vida de Motorista”, que simula o cotidiano de um condutor e permite ao jogador avaliar corridas com base em distância, valor e destino. A iniciativa busca ilustrar os desafios reais da profissão e promover maior autonomia financeira.
A análise da Gigu representa um avanço importante na valorização e profissionalização dos motoristas de aplicativo, oferecendo dados concretos que podem orientar políticas públicas e decisões individuais.
Com informações do News Motor.