Tesla na mira da Justiça: ação coletiva sobre o Full Self-Driving (FSD) avança nos EUA

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Uma decisão judicial histórica pode abalar a reputação da Tesla e redefinir os limites do marketing automotivo. A juíza federal Rita Lin, da Califórnia, autorizou que proprietários que adquiriram o pacote Full Self-Driving (FSD) entre 2016 e 2024 entrem com uma ação coletiva contra a montadora.

Foto: Divulgação.

O cerne da acusação

A Tesla é acusada de superestimar as capacidades do FSD, criando expectativas irreais sobre a autonomia total dos veículos. Segundo a decisão, declarações públicas de Elon Musk e materiais promocionais da empresa sugeriam que os carros seriam capazes de dirigir sozinhos em breve — algo que, quase uma década depois, ainda não se concretizou.

Todos os Teslas têm o hardware para autonomia total” — frase atribuída a Musk, usada como base para a ação.

Por que o processo foi autorizado?

  • Venda direta: A Tesla comercializa seus veículos sem intermediários, o que, segundo a corte, aumenta a responsabilidade sobre as promessas feitas diretamente ao consumidor.
  • Exposição ampla: A juíza considerou que os compradores foram amplamente expostos às declarações da empresa, o que justifica a formação de uma classe de consumidores lesados.
  • Distinção clara: O processo exclui o pacote Enhanced Autopilot, que não prometia autonomia total, focando exclusivamente no FSD.

Impacto potencial

Embora a decisão não condene a Tesla, ela abre caminho para que milhares de motoristas apresentem seus argumentos em conjunto. Isso pode gerar:

  • Prejuízos financeiros: Indenizações elevadas, caso a empresa seja responsabilizada.
  • Danos à reputação: Especialmente num momento em que a Tesla enfrenta queda nas vendas e pressão de acionistas.
  • Mudanças na indústria: Pode forçar outras montadoras a reverem como promovem tecnologias de assistência à condução.

Com informações do Garagem 360.

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