Óleo de motor falsificado: o golpe silencioso que pode destruir seu carro

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A manutenção preventiva de um veículo é essencial para garantir seu bom desempenho e prolongar sua vida útil. Entre os cuidados mais importantes está a troca regular do óleo do motor, um procedimento simples, mas que pode se tornar um grande problema quando o produto utilizado é falsificado. Infelizmente, esse tipo de golpe tem se tornado cada vez mais comum no Brasil, colocando em risco não apenas o funcionamento dos automóveis, mas também o bolso dos motoristas.

Foto: Shutterstock.

O óleo de motor falsificado é produzido sem qualquer controle técnico ou padrão de qualidade. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), esses produtos não atendem às exigências mínimas de desempenho, sendo frequentemente desprovidos de aditivos essenciais, viscosidade adequada e propriedades de aderência. Na prática, isso significa que o lubrificante não cumpre sua função de proteger as partes móveis do motor, o que pode levar a um desgaste acelerado, superaquecimento e até à fusão de componentes internos.

Os danos causados por esse tipo de produto são graves e muitas vezes irreversíveis. Sem uma lubrificação eficaz, peças como pistões, tuchos e virabrequim sofrem atrito excessivo, o que pode resultar na formação de borras, entupimento de dutos e falhas na bomba de óleo. Em casos extremos, o motorista pode ser obrigado a realizar uma retífica completa do motor — um dos serviços mais caros e complexos da mecânica automotiva.

Identificar um óleo falsificado não é tarefa fácil. Golpistas costumam utilizar embalagens idênticas às originais, com rótulos aparentemente autênticos, o que dificulta a distinção visual. No entanto, alguns sinais podem servir de alerta. Um deles é o comportamento do motor após a troca: se o veículo apresentar ruídos incomuns, funcionamento áspero ou queda de desempenho, é possível que o lubrificante esteja comprometido. Ainda assim, confiar apenas na percepção auditiva não é suficiente para garantir a autenticidade do produto.

Por isso, especialistas recomendam atenção redobrada no momento da compra. A melhor forma de evitar esse tipo de golpe é adquirir o óleo apenas em lojas especializadas, concessionárias autorizadas ou postos de combustíveis de confiança. Verificar se a embalagem possui o selo de certificação da ANP, desconfiar de preços muito abaixo da média e evitar sites desconhecidos também são medidas importantes para garantir a procedência do produto.

Além disso, contar com profissionais capacitados para realizar a troca é uma forma de se proteger. Oficinas sérias costumam trabalhar com fornecedores confiáveis e têm responsabilidade sobre os produtos que utilizam. Em caso de suspeita, o consumidor pode recorrer aos canais oficiais da ANP ou ao Instituto Combustível Legal, que orientam sobre como denunciar irregularidades.

Em tempos de golpes cada vez mais sofisticados, investir em prevenção é a melhor estratégia. O uso de óleo de motor falsificado representa um risco real e silencioso, que pode transformar uma simples troca de lubrificante em um prejuízo de milhares de reais. Estar atento à procedência do produto e seguir as recomendações dos fabricantes são atitudes que fazem toda a diferença na saúde do veículo — e na tranquilidade do motorista.

Com informações do News Motor.

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