A mobilidade elétrica no Brasil está crescendo de forma consistente e colaborativa. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o país registrou a venda de 71.300 veículos eletrificados entre janeiro e maio de 2025, um aumento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Grande parte desse avanço se deve à Aliança pela Mobilidade Sustentável, criada pela 99 em 2022 e que completa três anos reunindo 23 empresas comprometidas com a transição energética e a descarbonização do transporte urbano. Já foram investidos R$ 332 milhões em ações como financiamento com juros reduzidos para aquisição de elétricos e expansão da infraestrutura de recarga.
Modelo de sucesso para motoristas de app
A 99 começou o projeto adquirindo 70 veículos elétricos, disponibilizados a motoristas parceiros. Hoje, mais de 17 mil condutores utilizam carros eletrificados, com meta de chegar a 20 mil até o fim de 2025, graças a um aporte adicional de R$ 180 milhões. Os ganhos por corrida podem chegar a 60% a mais na categoria 99electric-Pro, que já opera em SP e Brasília e será expandida a mais cinco cidades até 2026.
Mais economia, mais renda
A economia no abastecimento é significativa: um motorista que roda 6.000 km por mês gasta R$ 3.000 com combustível, mas com um carro elétrico esse custo pode cair para R$ 800 a R$ 1.000, segundo a própria 99. Muitos motoristas afirmam que usam a economia para investir em educação, lazer ou melhorias residenciais.
Desafios e metas
- 15 mil pontos de recarga já instalados no país
- Meta de 20 mil até o fim de 2025, com foco em eletropostos de alta potência
- As 18 milhões de viagens realizadas com veículos elétricos já evitaram a emissão de 18,5 mil toneladas de CO₂ — o equivalente ao plantio de 145 mil árvores
Integração público-privada e transporte coletivo elétrico
A aliança também atua junto a entidades públicas para ampliar a mobilidade sustentável no Brasil. Um exemplo recente é a Prefeitura de Aracaju, que adquiriu 15 ônibus elétricos com autonomia de 270 km, tornando-se a primeira capital do Nordeste com frota própria 100% elétrica. A expectativa é de evitar a emissão de 1.650 toneladas de CO₂ por ano.
Futuro verde e inclusivo
Apesar de os carros elétricos ainda apresentarem preços elevados, a perspectiva é de avanço com a nacionalização da produção e a contínua queda dos custos. A articulação entre empresas como 99, BYD, iFood, Raízen, Mercado Livre, Enel X e bancos como Santander e BV mostra que o futuro da mobilidade no Brasil está sendo construído de forma colaborativa, sustentável e focada na inclusão social e econômica.
Com informações do Estadão Mobilidade.