O mibot, desenvolvido pela startup japonesa KG Motors, está chamando atenção por sua proposta inovadora. Trata-se de um carro elétrico compacto, projetado para transporte individual e com preço significativamente mais baixo que os concorrentes.

Foto: CEO da KG Motors, Kazunari Kusunoki ( Toru Hanai/Bloomberg) / Gávea News
O modelo já é um sucesso no Japão, sendo apontado como um possível futuro para a mobilidade urbana.
Pequeno no tamanho, grande no impacto
Fundada em 2022 pelo empresário Kazunari Kusunoki, a KG Motors desenvolveu o mibot com um objetivo claro: oferecer uma alternativa prática para regiões onde carros convencionais são grandes demais e o transporte público é ineficiente.
“Os carros são simplesmente grandes demais”, afirmou Kusunoki, explicando a visão por trás do projeto.
O mibot tem menos de 1,5 metro de altura, alcança uma velocidade máxima de 60 km/h e possui autonomia de até 100 km. Além disso, sua bateria pode ser totalmente recarregada em cinco horas, tornando-o ideal para deslocamentos curtos, tanto em áreas urbanas quanto rurais.
A demanda pelo veículo já é alta: mais da metade das 3.300 unidades planejadas até 2027 foi reservada, com as primeiras entregas previstas para Hiroshima e Tóquio.
Preço acessível e estrutura simplificada
Com um preço inicial de 1 milhão de ienes (cerca de R$ 38 mil), o mibot custa metade do valor do elétrico mais vendido do Japão, o Nissan Sakura.
Isso ocorre porque sua estrutura é simplificada: uma bateria, um motor e eletrônica básica montados sobre um chassi de quatro rodas, reduzindo drasticamente os custos de produção.
Apesar de prever um prejuízo inicial, Kusunoki espera alcançar equilíbrio financeiro a partir da segunda leva de produção, com uma meta de até 10 mil unidades por ano.
Desafios no mercado japonês
Apesar do sucesso do mibot, a aceitação dos carros elétricos no Japão ainda enfrenta desafios. Em 2023, apenas 3,5% dos veículos vendidos no país eram elétricos—um índice bem abaixo da média global.
“Muita gente no Japão parece acreditar que os EVs nunca se tornarão populares”, destacou Kusunoki.
Se a demanda pelo mibot continuar crescendo, ele pode representar uma mudança na percepção do mercado japonês sobre veículos elétricos.
Com informações do Terra.