Greve dos caminhoneiros em MG pode gerar escassez de combustíveis

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A greve dos caminhoneiros em Minas Gerais, iniciada na madrugada desta segunda-feira (9), já está causando preocupações sobre o abastecimento de combustíveis. O movimento envolve transportadores de derivados de petróleo que prestam serviço para a Vibra Energia, antiga BR Distribuidora (Petrobras).

Foto: Freepik.

Atualmente, dezenas de caminhões-tanque estão paralisados em frente à sede da empresa em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o que pode impactar o fornecimento de gasolina e diesel em postos e aeroportos.

Motivos da greve

O Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sinditanque-MG) aponta que a paralisação ocorre devido ao descumprimento de duas leis:

  • Piso Mínimo de Frete (Lei 13.703/2018) – determina valores mínimos para pagamento aos caminhoneiros.
  • Vale-Pedágio Obrigatório (Lei 10.209/2001) – exige que empresas cubram os custos de pedágio para os motoristas, regulamentado pela ANTT.

Segundo Irani Gomes, presidente do Sinditanque-MG, o não cumprimento dessas leis tem causado prejuízos financeiros significativos aos transportadores.

Impactos no abastecimento

Caso o impasse não seja resolvido nos próximos dias, postos de gasolina e aeroportos em Minas Gerais podem enfrentar dificuldades logísticas. A entidade alerta que o bloqueio dos caminhões-tanque pode provocar escassez de combustível em várias regiões do estado.

A Vibra Energia afirmou, por meio de nota, que está tomando medidas para minimizar o risco de desabastecimento e garantir o funcionamento dos serviços. No entanto, a empresa ressaltou que os contratos com as transportadoras continuam vigentes e devem ser cumpridos.

Diálogo e negociações

Apesar do posicionamento, a Vibra se mostrou aberta ao diálogo, mas advertiu que qualquer tentativa de combinação coletiva de preços pode ser considerada uma infração à legislação de defesa da concorrência.

A Minaspetro, entidade que representa os revendedores de combustíveis em MG, informou que está monitorando a greve e orientando os postos sobre possíveis desdobramentos.

A situação segue em negociação, e caso não haja avanços, os impactos poderão ser sentidos em todo o estado nos próximos dias.

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