Entre uma parada rápida no posto e uma visita ao mecânico, muitos motoristas acabam autorizando serviços que pouco ou nada acrescentam ao desempenho do veículo. Um levantamento divulgado pelo Canaltech mostra que práticas comuns no setor automotivo se repetem em todo o país, mas nem sempre resistem à análise técnica.

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Especialistas alertam que a insistência em oferecer determinados procedimentos cria uma falsa sensação de urgência e leva condutores a gastar mais do que o necessário. Entre os campeões desse “cardápio extra” estão o balanceamento rotineiro, os aditivos para combustível e a troca precoce de amortecedores.
Balanceamento sem necessidade
Auto centers passaram a sugerir o balanceamento como medida preventiva, mas técnicos afirmam que o procedimento só deve ser realizado em situações específicas. O serviço é indicado quando há trepidação no volante ou após a troca de mais de um pneu. Fora desses casos, o motorista apenas eleva os custos sem benefícios reais.
Aditivos no tanque
Outro serviço recorrente é a venda de frascos que prometem “limpar” gasolina ou etanol. No entanto, os combustíveis comercializados no Brasil já são aditivados de fábrica, o que torna o produto oferecido redundante. Para quem abastece com combustível aditivado, a recomendação é recusar a oferta e manter a rotina normal.
Amortecedores trocados antes da hora
As montadoras costumam indicar a substituição dos amortecedores após determinada quilometragem, mas o uso real pode prolongar a vida útil da peça. A troca deve ser feita com base no comportamento do carro e na avaliação de um profissional, evitando gastos desnecessários.
Quando realmente vale a pena
A orientação é clara: o motorista deve relacionar sintomas com soluções e seguir o manual do fabricante.
- Balanceamento: apenas em caso de trepidação ou troca de pneus.
- Aditivo no tanque: desnecessário se já utiliza combustível aditivado.
- Amortecedores: substituição conforme avaliação técnica, não apenas pela quilometragem.
Impacto no orçamento
Autorizar serviços sem necessidade compromete o orçamento destinado à manutenção essencial, como pneus, freios, óleo e sistema de arrefecimento. Ao priorizar inspeções periódicas e dizer “não” a ofertas sem fundamento técnico, o motorista preserva o veículo e protege o próprio bolso.
Com informações do News Motor.



