A Administração Nacional de Segurança Rodoviária (NHTSA) dos Estados Unidos elevou a investigação sobre os robô-táxis da Waymo a um recall oficial, abrangendo 3.067 veículos. A medida foi tomada após a constatação de uma falha no software que permitia que os carros autônomos contornassem ônibus escolares parados com sinalização acionada, situação considerada uma violação crítica das leis de trânsito.
Foto: Divulgação.
O incidente em Atlanta
O inquérito foi desencadeado por uma reportagem que detalhou um episódio ocorrido em 22 de setembro de 2025, em Atlanta, Geórgia. Um veículo da Waymo, operando sem motorista humano e equipado com o Sistema de Condução Automatizada de 5ª Geração, inicialmente parou ao lado de um ônibus escolar, mas em seguida contornou o veículo pela frente, passando pela lateral oposta. No momento da manobra, alunos desembarcavam, e todos os dispositivos de segurança do ônibus — luzes vermelhas piscando, placa de parada e braços de travessia — estavam acionados.
Correção rápida de software
De acordo com o documento de recall, a Waymo identificou que a falha estava no software instalado em 5 de novembro. A empresa lançou uma atualização corretiva e aplicou o patch em todos os veículos afetados até 17 de novembro, antes mesmo da formalização do recall.
Um porta-voz da Waymo reconheceu a investigação e afirmou que a empresa já vinha realizando atualizações para aprimorar o desempenho dos robô-táxis. Ele contextualizou o incidente, explicando que o ônibus bloqueava parcialmente a entrada de uma garagem e que os sinais de parada não eram totalmente visíveis da perspectiva do carro autônomo.
Relevância do recall
Apesar da correção implementada, a decisão da NHTSA de abrir um recall oficial reforça a seriedade com que as autoridades tratam a segurança dos sistemas de direção autônoma, sobretudo em cenários envolvendo crianças e ônibus escolares.
O episódio evidencia os desafios da tecnologia autônoma em lidar com situações complexas de trânsito e reforça a necessidade de transparência e rigor regulatório para garantir a segurança pública em meio à expansão dos serviços de mobilidade sem motorista.
Com informações do Garagem 360.
