A discussão sobre o futuro dos motoristas de aplicativo ganhou força nos últimos meses, impulsionada pelo avanço dos testes de carros totalmente autônomos em grandes centros urbanos. Especialistas apontam que a tecnologia pode representar a maior mudança desde o surgimento das plataformas de mobilidade, com potencial para reduzir drasticamente — ou até extinguir — a necessidade de condutores humanos.

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O que está acontecendo no mercado
Empresas de tecnologia e plataformas de transporte enxergam nos veículos autônomos a possibilidade de operar frotas 24 horas por dia, sem pausas, sem custos de treinamento e sem riscos ligados ao comportamento humano. Essa perspectiva, embora atraente para o setor, levanta preocupações sociais, já que milhões de trabalhadores em todo o mundo dependem da profissão para sustento.
Transição por etapas
Pesquisadores acreditam que a substituição não será imediata. O cenário mais provável envolve uma transição gradual, começando por rotas controladas e ambientes monitorados.
- Rotas repetitivas: deslocamentos entre aeroportos e centros urbanos.
- Trechos monitorados: regiões com câmeras, sensores e mapas de alta precisão.
- Serviços empresariais: transporte corporativo automatizado.
- Operações noturnas: horários com menor fluxo e menos variáveis externas.
- Cidades com regulamentação avançada: locais onde testes já são autorizados.
Esses ambientes oferecem maior previsibilidade e segurança, permitindo que a tecnologia seja aplicada de forma consistente antes de uma expansão nacional.
Substituição total ou convivência?
A resposta divide especialistas. Alguns acreditam que os robôs estarão prontos para assumir a direção de forma ampla em cerca de uma década. Outros reforçam que o avanço será desigual: cidades altamente digitalizadas podem adotar a tecnologia rapidamente, enquanto regiões com infraestrutura limitada levarão muito mais tempo.
O consenso é que a profissão não vai desaparecer de um dia para o outro, mas sofrerá uma transformação profunda. O motorista que aprender a trabalhar ao lado da inteligência artificial, adaptando-se às novas ferramentas, tende a ser mais valorizado no futuro.
Com informações do Garagem 360.




