A Tesla enfrenta um 2025 turbulento, com queda nas vendas na Europa e na China, e busca alternativas para recuperar fôlego. A estratégia escolhida por Elon Musk é ousada: um programa de locação direta de veículos elétricos, lançado inicialmente em San Diego e Costa Mesa, na Califórnia.

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A proposta é simples: oferecer acesso rápido aos modelos da marca sem burocracia e sem compromissos longos. Para muitos consumidores, o aluguel funciona como porta de entrada para a experiência Tesla, permitindo testar a tecnologia antes de decidir pela compra. Por trás da iniciativa, há também um objetivo prático: reduzir estoques encalhados e devolver protagonismo à montadora em um mercado cada vez mais competitivo.
Os pacotes de locação variam entre 3 e 7 dias, com diárias a partir de US$ 60 (R$ 317). Como incentivo, quem adquirir o veículo até uma semana após a experiência recebe um abatimento de US$ 250 (R$ 1,3 mil). O programa inclui Supercharging gratuito e acesso ao modo Full Self-Driving Supervised, que exige que o motorista mantenha as mãos próximas ao volante. Dessa forma, a locação se transforma em uma avaliação técnica aprofundada.
Especialistas apontam que a modalidade tende a ter baixa margem de lucro, mas a Tesla prioriza reacender o interesse do público e reduzir a quantidade de carros parados. A concorrência, especialmente de montadoras chinesas e tradicionais, pressiona o mercado de elétricos. O cenário se agravou com o fim dos subsídios federais nos Estados Unidos, revertidos pelo governo Trump, e com o atraso no lançamento do prometido “Tesla acessível”.
Mesmo que o aluguel não resolva de imediato os problemas financeiros, a iniciativa mostra disposição da empresa em testar novos caminhos. A frota passa a funcionar como vitrine itinerante, gerando dados de uso real e fortalecendo o marketing. Paralelamente, a Tesla enfrenta uma batalha judicial para garantir um pagamento bilionário a Musk, expondo a complexidade do momento da companhia.
Nos próximos meses, a expansão do programa além da Califórnia será decisiva para medir sua força. Se o fluxo de conversão crescer, a Tesla poderá ganhar tempo para ajustar portfólio e preços, enquanto busca recuperar espaço em mercados estratégicos como Europa e China.
Com informações do News Motor.




