O uso do celular ao dirigir se tornou a maior ameaça à segurança viária no país. Dados recentes mostram que a distração causada pelos smartphones já ultrapassou o consumo de álcool e até a criminalidade como principal fator de acidentes de trânsito, configurando uma epidemia moderna nas ruas e estradas brasileiras.

Foto: iStock.
Epidemia de distração
Motoristas distraídos com o celular são cada vez mais comuns. Desvios de faixa, freadas bruscas e demora para arrancar no semáforo são sinais claros de que a atenção está voltada para a tela. Uma pesquisa do Sem Parar, divulgada durante a Semana Nacional do Trânsito, revelou que 76% dos motoristas brasileiros consideram o smartphone o maior vilão das ruas, superando a criminalidade, apontada por 44% dos entrevistados.
Perigo real
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), o celular já é a terceira principal causa de acidentes de trânsito no Brasil, atrás apenas da velocidade excessiva e da embriaguez. O Observatório Nacional de Segurança Viária alerta que manusear o aparelho pode aumentar em mais de 50% o tempo de reação em situações de emergência. O cérebro perde até 70% da capacidade de percepção visual do ambiente, tornando o ato de dirigir comparável a estar parcialmente “cego”.
Leis e punições
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê punições severas:
- Falar ao celular na orelha: infração média, multa de R$ 130,16 e 4 pontos na CNH.
- Manusear o aparelho: infração gravíssima, multa de R$ 293,47 e 7 pontos na CNH.
A Abramet alerta que ler ou digitar mensagens aumenta em até 400% o risco de acidente, efeito comparável a dirigir de olhos vendados.
Efeito pós-chamada
Especialistas destacam ainda o chamado “efeito pós-chamada”: mesmo após desligar o celular, o cérebro continua processando a informação recebida, mantendo a atenção dividida por alguns segundos cruciais. Esse lapso pode ser suficiente para causar um acidente.
Futuro mais seguro
Com o avanço da tecnologia, os carros autônomos prometem reduzir drasticamente os acidentes causados por distrações humanas. Até lá, especialistas reforçam: nenhuma mensagem vale uma vida. A responsabilidade individual continua sendo a principal barreira contra tragédias no trânsito.
Com informações do News Motor.




