A montadora italiana Ferrari registrou um desempenho financeiro acima das previsões no terceiro trimestre de 2025, com lucro líquido de US$ 439,5 milhões entre julho e setembro — valor superior aos US$ 423 milhões estimados por analistas e quase 2% acima do resultado do mesmo período do ano anterior. A receita líquida totalizou US$ 2,04 bilhões, representando um crescimento de 7,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
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O resultado reforça a resiliência do modelo de negócios da marca, que mantém margens elevadas mesmo diante da volatilidade do mercado. No período, foram comercializadas 3.401 unidades, com destaque para o aumento da demanda por personalização e por um mix de produtos mais robusto, fatores considerados decisivos para o desempenho positivo.
Apesar dos bons números, a Ferrari enfrenta desafios no mercado acionário. Em 9 de outubro, as ações da empresa despencaram 15,4%, marcando o pior dia de negociações desde sua estreia na Bolsa de Valores de Milão, em 2016. A queda foi motivada pela divulgação de projeções de longo prazo para 2030 que ficaram abaixo das expectativas dos investidores.
Ainda assim, a gestão da Ferrari mantém uma visão otimista. O CEO Benedetto Vigna afirmou que a empresa avança “com convicção e forte visibilidade”, reafirmando a meta de crescimento sustentável até 2030. A projeção revisada para 2025 indica receita líquida de pelo menos US$ 8,2 bilhões, superando a estimativa anterior de US$ 8,1 bilhões. A atualização é atribuída à composição de produtos mais favorável, à forte demanda por personalização e à redução de custos industriais no segundo semestre.
A Ferrari segue consolidada como referência no mercado de luxo automotivo, sustentada por disciplina operacional, preços competitivos e uma estratégia voltada à exclusividade. Mesmo diante da instabilidade nas ações, os resultados financeiros demonstram a força da marca e sua capacidade de adaptação às exigências do mercado global.
Com informações do Garagem 360.
