Com a alta dos combustíveis, muitos motoristas têm adotado estratégias para reduzir gastos, entre elas o hábito de desligar o carro enquanto aguardam o sinal vermelho. Embora pareça uma medida econômica, especialistas alertam que essa prática pode trazer riscos mecânicos, elétricos e de segurança, além de comprometer a fluidez do trânsito.

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O principal argumento dos adeptos da técnica é a redução do consumo de combustível. No entanto, em veículos convencionais, o ato de ligar e desligar o motor repetidamente pode aumentar o desgaste de componentes como o motor de arranque e a bateria. Em modelos sem tecnologia “start-stop”, esse desgaste pode gerar falhas de partida e elevar os custos de manutenção a médio e longo prazo.
Além dos impactos mecânicos, há implicações diretas na segurança viária. A retomada da marcha após o desligamento pode causar atrasos, irritar outros condutores e até provocar colisões. A capacidade de reagir rapidamente a situações emergenciais, como a passagem de ambulâncias, também fica comprometida.
Embora o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não proíba explicitamente o desligamento do motor em semáforos, ações que prejudiquem a segurança ou a fluidez do tráfego podem ser enquadradas como infrações. Por isso, é fundamental avaliar o contexto antes de adotar a prática.
Segundo especialistas, o desligamento do motor só é recomendado quando:
- O tempo de espera ultrapassa um minuto;
- O veículo possui sistema start-stop automático;
- O motor está aquecido e em boas condições de funcionamento.
Mesmo nesses casos, é necessário considerar o ambiente, o tipo de via e a segurança ao redor. A economia consciente no trânsito vai além de medidas pontuais: exige planejamento, conhecimento técnico e atenção às normas de circulação.
Em tempos de combustível caro, dirigir com inteligência é a melhor forma de preservar o veículo, evitar gastos desnecessários e contribuir para um trânsito mais seguro e eficiente.
Com informações do News Motor.




