Uber testa opção de preferência por motoristas mulheres em sete cidades brasileiras

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Em uma iniciativa voltada à segurança e ao conforto das passageiras, a Uber lançou no Brasil um projeto-piloto que permite às usuárias escolherem motoristas mulheres para suas viagens. A novidade, que já está em fase de testes em sete cidades — Piracicaba, Uberlândia, Curitiba, Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto e Campo Grande — representa um avanço importante na personalização do serviço e na promoção de um ambiente mais acolhedor para mulheres que utilizam transporte por aplicativo.

Foto: Divulgação.

A proposta amplia as funcionalidades já existentes na plataforma. Desde 2019, o recurso “U-Elas” permitia que motoristas mulheres optassem por atender exclusivamente passageiras. Agora, o movimento se inverte: as passageiras também podem manifestar preferência por condutoras do mesmo sexo, criando uma experiência mais segura e empoderadora.

O projeto-piloto é dividido em três formatos complementares. O primeiro, chamado Reserve Mulheres Motoristas, permite agendar corridas com antecedência mínima de 30 minutos, escolhendo a opção de motorista mulher. O segundo, Preferência das Mulheres, pode ser ativado nas configurações do perfil, priorizando parceiras no Uber X, embora não garanta a disponibilidade em todos os casos. Por fim, o terceiro formato, Mulheres Motoristas, aparece como opção de chamada imediata na tela inicial do aplicativo, disponível exclusivamente em Piracicaba.

Essas funcionalidades foram pensadas para equilibrar a preferência da usuária com a disponibilidade local de motoristas mulheres, oferecendo rotas de contingência quando há poucas parceiras por perto. A Uber também anunciou investimentos em conteúdos educativos e novas ferramentas para fortalecer a experiência das usuárias e promover padrões modernos de mobilidade urbana.

A iniciativa ganha ainda mais relevância diante do cenário de violência enfrentado por mulheres no Brasil. Segundo pesquisa dos institutos Locomotiva e Patrícia Galvão, com apoio da ONU Mulheres e da própria Uber, 81% das mulheres relatam ter sofrido algum tipo de violência durante deslocamentos, incluindo olhares insistentes, cantadas e até assédio sexual. Embora apenas 8% dos motoristas cadastrados na plataforma sejam mulheres, esse número cresceu 160% nos últimos anos, sinalizando uma tendência positiva de maior participação feminina.

Para mulheres em situação de risco, o canal Ligue 180 continua sendo uma referência nacional de atendimento especializado, funcionando 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana e feriados, com suporte também via WhatsApp.

A Uber pretende acompanhar de perto os resultados do piloto, ajustando a experiência conforme a demanda e o tempo médio de espera. A expectativa é que, com base nos aprendizados obtidos em cidades como Los Angeles, San Francisco e Detroit, o modelo possa ser expandido para outras regiões do Brasil, consolidando-se como uma ferramenta eficaz de inclusão e segurança no transporte urbano.

Com informações do News Motor.

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