Quilometragem anual ideal: como manter o carro valorizado no mercado de usados

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A quilometragem de um carro usado é um dos primeiros indicadores observados por compradores e vendedores no momento da negociação. No entanto, mais do que um número no hodômetro, ela deve ser analisada em conjunto com o histórico de manutenção e o perfil de uso do veículo. Entender esses fatores é essencial para garantir uma compra inteligente e preservar o valor de revenda.

Foto: Shutterstock.

No mercado brasileiro, considera-se como média aceitável uma quilometragem anual entre 10 mil e 20 mil quilômetros. Essa faixa serve como referência, mas pode variar conforme o estilo de condução, o tipo de trajeto e a frequência de uso. Motoristas que percorrem longas distâncias regularmente tendem a ultrapassar esse limite, enquanto quem utiliza o carro apenas em deslocamentos curtos ou esporádicos apresenta números mais baixos.

O tipo de trajeto também influencia diretamente no desgaste do veículo. Rodar em rodovias, por exemplo, costuma ser menos agressivo aos componentes do carro do que enfrentar o trânsito urbano intenso diariamente. Além disso, o ambiente geográfico interfere: em cidades com transporte público eficiente, o uso do carro tende a ser menor; já em regiões rurais, o automóvel é frequentemente o principal meio de locomoção.

Apesar da crença comum, quilometragem elevada nem sempre significa problema. Veículos que passaram por manutenção preventiva regular podem estar em excelente estado, mesmo com muitos quilômetros rodados. Por outro lado, carros com quilometragem muito baixa, mas que ficaram parados por longos períodos, podem apresentar falhas nos freios, ressecamento de peças, problemas no sistema de combustível e até infiltrações.

Na hora da revenda, a quilometragem compatível com o tempo de uso — geralmente até 20 mil km por ano — é bem vista pelo mercado e contribui para a valorização do veículo. Já números muito baixos podem levantar suspeitas se não forem acompanhados de um bom histórico de conservação. Da mesma forma, carros com quilometragem alta podem ser valorizados caso estejam em ótimo estado mecânico e com todas as revisões em dia.

Independentemente da quilometragem, alguns cuidados são fundamentais para manter o carro valorizado. Seguir o cronograma de revisões do fabricante, evitar acelerações bruscas e sobrecarga, utilizar combustível de qualidade e ficar atento à suspensão e ao alinhamento são práticas que garantem desempenho e segurança.

Em resumo, a quilometragem ideal não é um número fixo, mas sim o resultado de uma equação entre tempo de uso, manutenção adequada e estilo de condução. Na hora de comprar ou vender, o mais importante é avaliar o conjunto: compatibilidade de uso, histórico de revisões e estado geral do veículo.

Com informações do News Motor.

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