Combustível adulterado: como identificar os sinais e proteger seu veículo em tempos de fiscalização reduzida

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A recente decisão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de suspender o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) a partir de julho de 2025 acendeu um alerta entre motoristas e especialistas do setor automotivo. Com a interrupção da fiscalização e da pesquisa de preços semanais, os consumidores ficam mais vulneráveis à comercialização de combustíveis adulterados, prática que pode comprometer seriamente o desempenho dos veículos e gerar prejuízos financeiros.

Foto: Divulgação.

Em um cenário de fiscalização enfraquecida, é essencial que os motoristas adotem medidas preventivas e fiquem atentos aos sinais que indicam adulteração. O primeiro deles é a alteração no cheiro do combustível. Após abastecer, um odor forte e incomum pode revelar a presença de solventes ou químicos adicionados indevidamente, mesmo que o produto ainda funcione parcialmente.

Outro sinal claro é o consumo excessivo. Se o veículo passa a gastar mais combustível do que o habitual, isso pode indicar que a mistura está menos concentrada, afetando a autonomia e, no caso do etanol, prejudicando a eficiência da combustão. Além disso, dificuldades na partida e falhas na aceleração são sintomas recorrentes. O motor pode demorar a ligar ou apresentar engasgos, resultado da interferência na leitura dos sistemas de injeção eletrônica.

Por fim, o preço abaixo da média é um dos principais alertas. Embora a tentação de economizar seja grande, valores muito baixos geralmente indicam adulteração. Distribuidoras podem recorrer a substâncias nocivas para reduzir custos, comprometendo a qualidade do produto.

Diante desse cenário, alguns cuidados são indispensáveis. Abastecer sempre em postos de confiança, preferencialmente nos mesmos locais, é uma das formas mais eficazes de evitar problemas. Optar por postos com bandeiras conhecidas, guardar a nota fiscal e desconfiar de promoções agressivas também são atitudes recomendadas.

A suspensão do PMQC representa um desafio para a segurança dos consumidores, mas com atenção e responsabilidade, é possível minimizar os riscos. Proteger o motor do seu veículo começa com escolhas conscientes na hora de abastecer — e, mais do que nunca, essa decisão pode fazer toda a diferença.

Com informações do News Motor.

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