O SkyRail, sistema de monotrilho desenvolvido pela fabricante chinesa BYD, enfrenta duras críticas em seu país de origem. A agência Bloomberg classificou o projeto como um “fracasso”, citando estações inacabadas, trilhos enferrujados e dificuldades de expansão além das cidades de Xi’an, Yinchuan e Shenzhen, onde o sistema opera atualmente.
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Lançado em 2016 com investimento de US$ 1 bilhão e planos ambiciosos de alcançar mais de 200 cidades chinesas, o SkyRail viu sua trajetória interrompida por políticas de contenção de gastos públicos implementadas em 2021. Desde então, diversos projetos foram congelados e cronogramas adiados.
Estações abandonadas e críticas internacionais
Em cidades como Anyang e Guilin, há registros de estruturas abandonadas e composições corroídas, evidenciando o desgaste do projeto. A Bloomberg destacou que a liderança de Wang Chuanfu, presidente da BYD, impulsionou a tecnologia como vitrine da empresa, mas esbarrou em obstáculos financeiros e regulatórios.
A mudança no ambiente regulatório chinês, com foco na redução do endividamento municipal, contribuiu para o congelamento de novas linhas e a desaceleração da expansão do sistema.
Linha 17-Ouro: esperança brasileira
Apesar dos tropeços na China, especialistas veem na Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo uma oportunidade estratégica para a BYD. A empresa assumiu o projeto após a falência da Scomi, e trabalha para adaptar o SkyRail ao traçado urbano da capital paulista.
A previsão de início de operação em 2026 é considerada crucial para a recuperação da imagem do sistema. Caso a entrega ocorra dentro do prazo e com desempenho satisfatório, o projeto poderá servir como vitrine internacional e ajudar a BYD a contrapor as críticas recebidas.
Enquanto isso, a empresa busca ajustar expectativas, priorizar contratos executáveis e adaptar a tecnologia às demandas locais. A Linha 17-Ouro se consolida como um laboratório decisivo para o futuro global do SkyRail.
Com informações do News Motor.
