O combustível que abastece milhões de veículos no Brasil está passando por uma mudança significativa. A Gasolina E30, recém-autorizada, começa a chegar às bombas com a promessa de melhorar o desempenho dos motores e manter o consumo equilibrado.

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O que muda na composição
A principal alteração está na mistura: a gasolina comum passa a conter 30% de etanol anidro, contra os 27% anteriores. Essa diferença, aparentemente pequena, eleva a octanagem mínima de 93 para 94 RON (Research Octane Number). Na prática, significa que o combustível suporta maior compressão interna sem sofrer a chamada “batida de pino”.
Impacto no desempenho
Motores modernos — turbinados, flex de última geração e com alta taxa de compressão — são os maiores beneficiados. Com a octanagem mais alta, a central eletrônica consegue avançar o ponto de ignição, resultando em:
- Melhor resposta em retomadas e acelerações
- Ganho de torque em baixas rotações
- Entrega de potência mais suave e eficiente
Consumo de combustível
Embora o etanol tenha menor poder calorífico que a gasolina pura, especialistas afirmam que o ganho de eficiência térmica compensa essa diferença. Veículos flex modernos ajustam automaticamente o funcionamento do motor à nova mistura, mantendo o consumo estável e, em alguns casos, até reduzindo-o.
Disponibilidade nos postos
A transição para a E30 será gradual. Em algumas cidades, o novo combustível já predomina, enquanto em outras a substituição ocorrerá nas próximas semanas, conforme os estoques antigos forem consumidos.
O futuro: Gasolina E35
A adoção da E30 faz parte de um plano nacional para reduzir a importação de gasolina, estimular o etanol e diminuir emissões. Estudos já avaliam a possibilidade de elevar a mistura para 35% de etanol (E35), mas a decisão depende da validação da indústria automotiva para garantir segurança e durabilidade dos motores.
Sem motivo para preocupação
Compatível com a frota nacional e amplamente testada, a Gasolina E30 representa uma evolução silenciosa, mas relevante. Para o motorista comum, não há necessidade de adaptação: basta abastecer e aproveitar os ganhos de eficiência e desempenho.
Com informações do News Motor.





