Honda anuncia paralisação de fábricas por falta de semicondutores

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A Honda Motor confirmou nesta quinta-feira (18) que suspenderá temporariamente a produção de veículos em suas unidades da joint venture GAC Honda, na China, entre os dias 29 de dezembro e 2 de janeiro de 2026. A medida evidencia que os gargalos na cadeia de suprimentos de semicondutores continuam a afetar a indústria automotiva, frustrando expectativas de normalização ainda neste período.

Foto: Divulgação.

Impacto global

Além da China, a montadora também programou interrupções pontuais no Japão, previstas para os dias 5 e 6 de janeiro de 2026. O padrão de ajustes reforça que a crise de abastecimento é mundial e segue comprometendo o planejamento logístico da marca.

A China é considerada estratégica para a operação global da Honda: em 2024, foram produzidos 816.597 veículos, cerca de 22% da produção mundial, e as vendas ultrapassaram 850 mil unidades, consolidando o país como maior mercado individual da empresa.

Reação do mercado

Após o anúncio, as ações da Honda na Bolsa de Valores de Tóquio registraram queda de 1,5%, refletindo a preocupação dos investidores com os lucros do próximo trimestre e a persistente fragilidade da cadeia de suprimentos.

Possíveis efeitos nos preços

Especialistas apontam que a paralisação pode impactar diretamente o mercado:

  • Redução de estoques: menor oferta de veículos novos pode elevar preços em até 3% a 5% no primeiro trimestre de 2026.
  • Repasse de custos logísticos: busca por fornecedores alternativos de chips, a preços mais altos, tende a ser repassada ao consumidor.
  • Valorização de seminovos: com filas de espera por modelos novos, o mercado de usados da marca pode se aquecer, como ocorreu em crises anteriores de 2021 e 2022.

Contexto

A escassez de semicondutores tem sido um dos maiores desafios da indústria automotiva nos últimos anos, afetando desde montadoras tradicionais até fabricantes de veículos elétricos. A dependência desses componentes, essenciais para sistemas eletrônicos e de segurança, mostra que o setor ainda não conseguiu se livrar da vulnerabilidade da cadeia global de chips.

Com informações do Garagem 360.

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