Falhas mecânicas são responsáveis por 86% dos carros parados nas estradas brasileiras

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Viajar nas férias de verão deveria ser sinônimo de descanso e boas histórias, mas para milhares de motoristas o passeio termina no acostamento, sob calor intenso e com o carro imobilizado. Relatórios recentes mostram que 86% das interrupções nas rodovias não são causadas por acidentes, mas por falhas mecânicas previsíveis, que poderiam ser evitadas com uma simples revisão preventiva.

Foto: Divulgação.

O vilão das viagens

Dados da concessionária Arteris, responsável por corredores críticos como a BR-101 e a Régis Bittencourt, revelam que:

  • Na BR-101/SC, de quase 5 mil atendimentos no último feriado, 86% foram panes mecânicas.
  • Na Régis Bittencourt (SP–PR), o índice chegou a 82%, superando em muito os acidentes.

A conclusão é direta: de cada 10 carros parados no acostamento, 8 poderiam estar rodando normalmente se tivessem passado por inspeção básica antes da viagem.

Por que os carros quebram mais no verão?

O erro comum é acreditar que, se o carro anda bem na cidade, vai aguentar a estrada. Na prática, o verão impõe uso severo ao veículo:

  • Calor intenso: motor e asfalto atingem temperaturas muito maiores.
  • Carro lotado: bagagem e passageiros elevam o esforço mecânico.
  • Rotação constante: horas de estrada, subidas de serra e ar-condicionado no máximo exigem carga contínua.

Nesse cenário, qualquer falha escondida aparece. Uma mangueira ressecada que suporta trajetos curtos pode estourar em minutos sob 35 °C. O problema se agrava com a idade da frota brasileira, que ultrapassa 10 anos em média, tornando componentes como borrachas e vedadores mais frágeis.

Checklist essencial antes de viajar

Para evitar surpresas, especialistas recomendam revisão com pelo menos uma semana de antecedência, priorizando:

  1. Sistema de arrefecimento (radiador): verificar nível, vazamentos e validade do aditivo.
  2. Freios: trocar fluido se a última substituição tiver mais de 2 anos.
  3. Óleo do motor: antecipar a troca se estiver próximo da quilometragem limite.
  4. Pneus: calibrar adequadamente para carga extra e conferir o estepe.
  5. Bateria: testar a carga, já que o consumo aumenta com faróis, ar-condicionado e eletrônicos.

Revisão é investimento

Uma revisão preventiva custa até 10 vezes menos que o valor de um guincho de longa distância, sem contar o transtorno das horas perdidas e o prejuízo com hospedagem.

Com informações do News Motor.

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