Com o preço dos combustíveis em alta, muitos motoristas passaram a enxergar o ar-condicionado como inimigo do orçamento. A dúvida é recorrente: afinal, manter o ar ligado realmente aumenta o consumo ou abrir os vidros é mais econômico? A resposta da engenharia automotiva mostra que a questão depende diretamente da velocidade do veículo.

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Em baixa velocidade (trânsito urbano)
No ambiente urbano, com o típico “anda e para”, desligar o ar e abrir os vidros pode ser mais econômico. Isso porque o motor trabalha em regime mais leve e o esforço adicional do compressor do ar-condicionado se torna perceptível. Nesse cenário, o mito de que o ar consome mais combustível se confirma.
Em alta velocidade (rodovias)
A lógica muda completamente quando o carro ultrapassa os 80 km/h. Abrir os vidros provoca arrasto aerodinâmico, funcionando como um freio natural e obrigando o motor a gastar mais combustível para manter a velocidade. Estudos mostram que, acima desse limite, é mais eficiente manter o ar ligado do que rodar com janelas abertas.
Filtro de cabine: economia e saúde
Outro ponto crucial é a manutenção. O filtro de cabine acumula umidade e pode se tornar um ambiente para fungos e bactérias, comprometendo a qualidade do ar e a saúde respiratória. Segundo a ANVISA, filtros sujos estão diretamente ligados a doenças respiratórias.
- Troca recomendada: a cada 6 meses ou 10 mil km.
- Custo baixo, mas impacto alto na saúde e na eficiência do sistema.
Sinais de que o ar-condicionado precisa de manutenção
- Demora para gelar.
- Cheiro de mofo nos dutos.
- Barulhos metálicos ou vibrações ao ligar.
- Tapete molhado do passageiro (dreno entupido).
Conclusão
O ar-condicionado não é vilão quando usado corretamente. Seguir a “regra dos 80 km/h”, manter o filtro limpo e realizar manutenção preventiva transforma conforto em eficiência. O resultado é economia de combustível, proteção da saúde e maior durabilidade do sistema.
Com informações do News Motor.




